Brasil reduziu verbas em 93% para pesquisas que visam combater mudanças climáticas, diz mídia
12:37 03.11.2021 (atualizado: 08:57 19.11.2021)
© AP Photo / Andre PennerDesmatamento da Amazônia (foto de arquivo)
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Verbas destinadas à preservação do meio ambiente no Brasil saem da casa dos R$ 30 milhões para apenas R$ 2 milhões. Pressionado por líderes e executivos, governo se vê "obrigado" a criar novas metas como as anunciadas durante a COP26.
Segundo dados do Sistema Integrado de Orçamento do Governo Federal (SINOP), citados pela BBC News Brasil, desde o início do governo Bolsonaro, 93% dos gastos para estudos e projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas foram cortados.
Entre o período de janeiro de 2016 e dezembro de 2018, gestão anterior à atual, os investimentos na área foram de R$ 31,1 milhões. Na gestão presente, os gastos foram de apenas R$ 2,1 milhões.
Um destaque especial vai para temporada 2020/2021. No ano passado, apenas R$ 659 mil foram aplicados, e neste ano, até outubro, a verba utilizada foi de R$ 426 mil.
Segundo a mídia, os dados consideram duas ações orçamentárias do governo federal destinadas, especificamente, a produzir estudos e projetos com essa temática: 20G4 - Fomento a Estudos e Projetos para Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima e 20VA - Apoio a Estudos e Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento à Mudança do Clima.
No Ministério do Meio Ambiente, os investimentos em estudos sobre mudanças climáticas foram zerados a partir de 2019 e, no mesmo ano e em 2020, o Brasil registrou as piores taxas anuais de desmatamento desde 2008.
No total, durante o período mencionado, foram desmatados mais de 20 mil km², uma área equivalente a 13 cidades de São Paulo.
O governo vem sendo pressionado por líderes mundiais diante do elevado número da atividade ilegal no Brasil, principalmente na Amazônia.
Na segunda-feira (1º), o país se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal até 2028 e anunciou a redução em 50% das emissões de carbono até 2030, conforme noticiado.
© Folhapress / Lalo de AlmeidaDesmatamento recente no município de Apuí, no sul do Amazonas, 27 de outubro de 2021
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Desmatamento recente no município de Apuí, no sul do Amazonas, 27 de outubro de 2021
© Folhapress / Lalo de Almeida
Além da pressão executada por líderes mundiais, ONGs e pessoas ligadas ao meio ambiente, o governo Bolsonaro também recebe pressão no setor da economia por sua negligência em relação à preservação do bioma brasileiro, uma vez que executivos norte-americanos começam a pedir ratificações de acordos ambientais para continuarem a investir no país.