Devido à demanda, postos da Argentina estabelecem limite de litros de combustível para brasileiros
17:08 04.11.2021 (atualizado: 17:17 04.11.2021)
© Folhapress / Paulo GueretaPosto de gasolina em São Paulo, 22 de outubro de 2021
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Postos de gasolina argentinos começaram a limitar a quantidade de combustível para cada consumidor e a fazer filas distintas entre argentinos e estrangeiros após bombas de Porto Iguaçu ficarem vazias.
Diante da alta dos preços dos combustíveis, brasileiros têm cruzado a fronteira e recorrido ao país vizinho, a Argentina, para poder encher o tanque e economizar, uma vez que o custo da gasolina está a metade do preço.
A procura é tanta, que os estabelecimentos começaram a aceitar pagamento em real, e não em peso argentino, conforme noticiado.
Entretanto, a forte demanda ultrapassou limites e começou a deixar bombas vazias no município de Porto Iguaçu, sendo assim, postos passaram a limitar, nesta quinta-feira (4), a quantidade de abastecimento por pessoa, segundo o G1.
Brasileiros cruzam fronteira e fazem fila para abastecer na Argentina ao equivalente a R$ 3,10 por litro
— Fernando Pallmeiras (@FPallmeiras) October 30, 2021
Segundo gerente de posto, nos últimos dias, 90% dos clientes eram brasileiros, em Porto Iguaçu, na Argentina, cidade ligada a Foz do Iguaçu.https://t.co/efmuQQBQlN
Agora, a Argentina limitou a cota de 15 litros de combustível para veículos estrangeiros que abastecem no município, e para tentar organizar melhor o atendimento na cidade, os postos também têm feito filas exclusivas para moradores e estrangeiros, segundo a mídia.
"Estamos tentando aumentar a produção, mas lamentavelmente temos uma cota de abastecimento. Ou seja, não nos permitem mais do que uma certa quantidade de combustível, porque o preço está muito baixo, e o barril do petróleo subiu para 80 dólares e aqui mantemos a 60 dólares", explicou o representante da Câmara de Combustíveis de Missiones, Faruk Jalaf citado pela mídia.
Apesar do custo atrativo, com o combustível argentino custando em torno de R$ 3,20 e o brasileiro R$ 6,27, não é muito fácil cruzar a ponte que liga os dois países na busca por melhores preços.
Na aduana argentina são cobrados documentos pessoais, comprovação de vacinação completa há pelo menos 14 dias e um teste negativo de COVID-19 para quem vai além da cidade de Porto Iguaçu.
No entanto, consumidores brasileiros dizem que vale a pena o esforço e a espera, que às vezes, é de quatro horas.
"Para quem precisa compensa, né? Quem gasta muito, né? Eu gasto um, dois, três tanques e meio por mês", disse o motorista Marcos Gomes citado pela mídia.