Novo comprimido contra a COVID-19 da Pfizer reduz em 89% risco de hospitalização ou morte
© REUTERS / Benoit TessierProfissional de saúde ajusta equipamentos médicos na Unidade de Cuidados Intensivos (UTI) do hospital privado Centro Cardiológico do Norte em Saint-Denis, perto de Paris, em meio à pandemia da doença do novo coronavírus (COVID-19), França, 4 de maio de 2021
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A farmacêutica Pfizer informou, nesta sexta-feira (5), que um teste clínico de seu primeiro comprimido para o combate à COVID-19 mostrou um grau elevado de eficácia.
O medicamento se chama Paxlovid, e segundo a Pfizer, conseguiu reduzir em 89% o risco de hospitalização ou morte dos adultos infectados com o novo coronavírus, e que apresentam sinais de poderem progredir na doença.
Para o estudo, foram analisados 775 pacientes adultos, todos não vacinados, todos infectados pela COVID-19 - com sintomas leves e moderados - e pertencentes a grupos de risco, entre os quais obesidade, diabetes e problemas cardíacos.
O tratamento começou entre três a cinco dias após serem detectados os primeiros sintomas, e teve duração de cinco dias. No final, apenas 1% dos pacientes teve de ser hospitalizado e não foi registrada nenhuma morte.
© Folhapress / Agência EnquadrarNo Rio de Janeiro, uma profissional de saúde atende a pacientes no Hospital Ronaldo Gazolla, onde fica a maior UTI de atendimento à COVID-19 no Brasil, em 27 de abril de 2021
No Rio de Janeiro, uma profissional de saúde atende a pacientes no Hospital Ronaldo Gazolla, onde fica a maior UTI de atendimento à COVID-19 no Brasil, em 27 de abril de 2021
© Folhapress / Agência Enquadrar
O estudo deste novo medicamento foi monitorado por um grupo de médicos independente, e sua recomendação de encurtar o tratamento com o novo comprimido parece ter tido resultados positivos até agora.
Nesta semana, a The BMJ, influente revista médica, relatou que pesquisadores participantes dos ensaios clínicos da vacina da Pfizer estiveram envolvidos em práticas científicas de baixos padrões que comprometeram a integridade dos resultados.
Porém, ante a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) isso não colocou em dúvida as conclusões sobre a segurança e a eficácia do medicamento produzido pela farmacêutica em questão.