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EUA pedem a maiores produtores que liberem reservas de óleo em ato simbólico ante OPEP, diz mídia

© REUTERS / Dado RuvicBomba de petróleo impresso em 3D e logo da OPEP
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A administração Biden instou as várias principais economias consumidoras de petróleo do mundo, incluindo China, Índia e Japão, para considerarem a possibilidade de liberar reservas de petróleo cru em um esforço coordenado.
Segundo artigo da agência Reuters publicado ontem (17), a medida seria destinada a reduzir os preços mundiais da energia.
Conforme fontes consultadas pela mídia, a Casa Branca discutiu a possibilidade de uma liberação coordenada de petróleo armazenado com aliados como Japão, Coreia do Sul e Índia, e também a inclusão da China.
De acordo com a Reuters, isso demonstraria a frustração dos Estados Unidos com os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, que rejeitaram repetidas solicitações de Washington para acelerar seus aumentos de produção.
"Estamos falando do ato simbólico dos maiores consumidores do mundo enviando uma mensagem à OPEP de que 'têm que mudar seu comportamento'", assegurou uma das fontes citadas.
Apesar da resposta negativa da organização ao aumento de sua produção, já que asseguram que a retoma da demanda pode ser frágil, a iniciativa da administração Biden representa um desafio sem precedentes devido ao envolvimento da China, considerada o maior importador de óleo cru do planeta, sugere a Reuters.
Para que este impulso tenha um efeito no mercado, a participação norte-americana de qualquer possível liberação de reservas deveria ser de mais de 20 milhões a 30 milhões de barris. Tal liberação poderia ser na forma de uma venda ou de um empréstimo da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA, explicou uma fonte que participou das discussões.
A última vez que foi efetuada uma ação similar por parte dos EUA e seus aliados foi em 2011, no início da guerra civil na Líbia, membro da OPEP.
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Posição dos países envolvidos

Um funcionário do Ministério da Indústria japonês afirmou que os EUA solicitaram a cooperação de Tóquio para lidar com os altos preços do petróleo cru, mas não confirmou se o pedido incluía o pedido de liberações coordenadas de reservas. Por lei, o Japão não pode utilizá-las para manipular os preços, apontou o funcionário.
Por sua vez, o Escritório Estatal de Reservas da China assegurou que atualmente está trabalhando no assunto, mas negou comentar o pedido procedente da Casa Branca.
Quanto à Coreia do Sul, um funcionário sul-coreano disse que eles estão "revendo o pedido dos EUA profundamente, no entanto, não liberaremos a reserva de petróleo por causa do aumento dos preços. Poderíamos liberar a reserva de petróleo em caso de desequilíbrio de abastecimento, mas não para responder ao aumento dos preços do petróleo".
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Depois das discussões na Casa Branca, o petróleo norte-americano e o índice de referência mundial Brent caíram abaixo dos 80 dólares por barril. Na Ásia, em resultado da confirmação de que Pequim está trabalhando em uma liberação de petróleo, os preços do petróleo também sofreram quedas.
O pedido incomum de Washington ocorreu em um momento em que Joe Biden se encontra sob pressão devido ao aumento dos preços de combustível provocados pela recuperação da atividade econômica pós-pandemia, uma inflação recorde nos últimos 31 anos e a queda de seu índice de aprovação.
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