Filiação de Bolsonaro ao PL já tinha 'carta branca' e foi adiada para acalmar militância, diz mídia

© Folhapress / Pedro LadeiraO presidente Jair Bolsonaro recebe o presidente da Colômbia Iván Duque, em visita oficial, no Palácio do Planalto
O presidente Jair Bolsonaro recebe o presidente da Colômbia Iván Duque, em visita oficial, no Palácio do Planalto - Sputnik Brasil, 1920, 19.11.2021
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Entrada do presidente já estava acertada, mas Bolsonaro precisava de tempo para tranquilizar seus apoiadores que foram contra a filiação, segundo aliados. Chegada do mandatário no partido estaria criando divergências na sigla.
Inicialmente, a filiação oficial do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Partido Liberal (PL) estava prevista para o dia 22 de novembro, entretanto, no domingo (14), através do presidente Valdemar Costa Neto, a legenda disse que a filiação seria adiada, conforme noticiado.
De acordo com o G1, aliados próximos de Bolsonaro garantem que ele não precisava de uma "carta branca" do PL para anunciar sua filiação, mas sim ganhar tempo para acalmar a militância e, com isso, reverter a avalanche de críticas de bolsonaristas nas redes sociais.
No entanto, ao saberem que Valdemar Neto recebeu carta branca dos dirigentes estaduais do partido para filiar Bolsonaro, integrantes da sigla, que fazem oposição ao presidente já se preparam para deixar a legenda, segundo o jornal O Globo.
Em uma reunião do próprio PL, foi anunciada a saída de Maurício Quintella, atual secretário de Infraestrutura de Alagoas.
O estado é governado por Renan Filho (MDB-AL), que faz oposição a Bolsonaro. Quintella criticou duramente Bolsonaro nas redes sociais.
Esse seria um dos exemplos de autoridades filiadas ao partido que não querem continuar caso o chefe do Executivo brasileiro entre na legenda, e, adicionalmente, segundo a mídia, autoridades na Bahia, Piauí, Pernambuco e Pará também discutem sua permanência na sigla com a possível filiação do presidente.
Em São Paulo, o caso está ainda mais exposto, uma vez que há divergências entre Bolsonaro e o partido sobre quem a legenda vai apoiar como governador do estado, esse seria o outro motivo que levou ao adiamento da filiação.
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