Trabalhador da saúde segura seringa em ponto de vacinação contra a COVID-19 em loja de departamentos GUM de Moscou, Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Propagação e combate à COVID-19
Informações atuais sobre a dissimilação de coronavírus no Brasil e no mundo. Fique por dentro das principais notícias sobre o tema.

Didier Raoult, o 'Doutor Cloroquina' da França, é investigado por distorções em pesquisa

© AP Photo / Francois MoriO virologista Didier Raoult, diretor do Instituto Hospitalar de Doenças Infecciosas de Marselha, participa de audiência na comissão de inquérito do Senado, na França
O virologista Didier Raoult, diretor do Instituto Hospitalar de Doenças Infecciosas de Marselha, participa de audiência na comissão de inquérito do Senado, na França - Sputnik Brasil, 1920, 22.11.2021
Nos siga no
Conhecido como "Doutor Cloroquina" na França, o médico e microbiologista Didier Raoult é acusado pelos seus pares de ter falsificado resultados de ensaios clínicos em testes de PCR.
As denúncias foram feitas por membros de sua própria equipe no IHU (Instituto Hospital Universitário), em Marselha, e publicadas em condição de anonimato pelo portal francês Mediapart.
Médicos e cientistas do IHU sustentam que Didier Raoult fez pressão para que os parâmetros do teste PCR, que eram considerados positivos para infecção para coronavírus, fossem alterados para negativos. Desta forma, ele conseguiu alterar a quantidade de pessoas que eram "curadas".
Os cientistas afirmaram que Didier Raoult promoveu mudanças nos critérios dos testes de PCR para que fosse possível concluir que a hidroxicloroquina era benéfica contra a COVID-19.
Em uma segunda denúncia, as equipes do IHU também afirmaram que Raoult também teria conduzido experimentos em pacientes com tuberculose sem seguir protocolos de pesquisa.
Eles afirmam que o cientista testou uma combinação de quatro medicamentos em seus pacientes, apesar da eficácia conjunta dos remédios nunca ter sido avaliada e comprovada.

Outras denúncias

Didier Raoult, que está aposentado como professor universitário e médico hospitalar, deve deixar a chefia do IHU até final de junho de 2022, após acumular diversos processos na Justiça.
Em dezembro de 2020, ele foi denunciado por "charlatanismo" pelo Conselho Nacional da Ordem dos Médicos na França. Em setembro do mesmo ano, ele foi denunciado pela Sociedade de Patologia Infecciosa de Língua Francesa (SPILF), que o acusou de uma promoção indevida da hidroxicloroquina.
O microbiologista, tenaz defensor da hidroxicloroquina, esteve no centro de uma polêmica por, supostamente, ter atrapalhado a gestão da crise do coronavírus pelas autoridades francesas. De acordo com a ordem dos médicos da França, suas palavras pressionaram o conselho, jogando-o contra a população.
Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала