Presidente da Finlândia diz que falta de diálogo com Rússia torna UE 'mais fraca'
© AP Photo / Markus SchreiberO presidente finlandês Sauli Niinisto posa para a mídia depois de ser recebido pelo presidente alemão Frank-Walter Steinmeier para uma reunião no Palácio Bellevue em Berlim, na Alemanha, no dia 22 de novembro de 2021
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Durante visita à Alemanha, o presidente finlandês Sauli Niinisto criticou a rejeição da União Europeia em dialogar com a Rússia. Segundo ele, é importante haver boas relações bilaterais sem abrir mão da defesa dos próprios interesses.
"A rejeição de relações com a Rússia não fortalece a União Europeia, e sim a faz parecer mais fraca e menos significativa", disse Niinisto ao discursar na Universidade Humboldt, em Berlim.
Ele ressaltou que a Finlândia precisa manter relações bilaterais funcionais com a Rússia e que "um diálogo construtivo não contradiz com uma defesa firme de nossos interesses e princípios nessas relações".
Na opinião do líder finlandês, o mesmo deveria ser possível para a União Europeia.
As relações entre Moscou e o Ocidente pioraram em decorrência do conflito na Ucrânia e a reintegração da Crimeia à Rússia, após o referendo realizado em março de 2014, que contou com o apoio de mais de 96% dos eleitores da região.
Neste mesmo ano, os Estados Unidos, a UE e outros países aprovaram vários pacotes de sanções contra a Rússia. Moscou respondeu às restrições com um embargo referente a produtos alimentícios.
© REUTERS / Yves HermanGrande bandeira da União Europeia no centro da praça Schuman, fora da sede da Comissão Europeia, na véspera do Dia da Europa, em Bruxelas, Bélgica, 8 de maio de 2021
Grande bandeira da União Europeia no centro da praça Schuman, fora da sede da Comissão Europeia, na véspera do Dia da Europa, em Bruxelas, Bélgica, 8 de maio de 2021
© REUTERS / Yves Herman
A UE condiciona o levantamento das sanções impostas pela crise da guerra no leste da Ucrânia - na qual, segundo Bruxelas, a Rússia está supostamente envolvida - à implementação dos Acordos de Minsk, formulados para resolver o conflito armado.
A Rússia, por sua vez, já informou que não é parte do conflito na Ucrânia e não é objeto dos Acordos de Minsk.