FOTOS revelam que ao lado de Stonehenge houve estrutura milenária 20 vezes maior
© Foto / Pixabay / GHWebbStonehenge (imagem referencial)
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Uma pesquisa com tecnologia de ponta na área de Stonehenge confirmou a existência de um conjunto de fossas construídas há cerca de 4.400 anos, justificando a conclusão com "a consistência notável entre os núcleos".
As fossas profundas encontradas perto de Stonehenge em 2020 foram feitas por humanos, indica nova pesquisa relatada na terça-feira (23) no jornal The Guardian.
Uma equipe liderada pelo arqueólogo Vincent Gaffney, da Universidade de Bradford, Inglaterra, Reino Unido, fez estudos científicos sobre estas estruturas, alinhadas de forma a criar um círculo de dois quilômetros de diâmetro, 20 vezes maior que o Stonehenge, e concluiu que foram feitas há quase 4.500 anos.
De acordo com o pesquisador, a existência do Durrington Walls, um "monumento de henge" no centro, um dos maiores da Grã-Bretanha, comprova que as fossas eram limites feitos com o objetivo de guiar pessoas para uma área sagrada. Isso faz do local um grande monumento neolítico, diz Gaffney.
Stonehenge 4,500-year-old pits ARE man-made, scientists confirm https://t.co/To5JQfDBzr
— Daily Mail Online (@MailOnline) November 24, 2021
Fossas de 4.500 anos do Stonehenge são mesmo feitas pelo homem, confirmam cientistas
Apesar de algumas críticas feitas após publicar o estudo em junho de 2020, o arqueólogo respondeu que usou dois geólogos para avaliar a possibilidade de as descobertas serem cavidades naturais, tendo estudado nove fossas que sobreviveram ao desenvolvimento moderno.
"Agora observamos quase metade delas, e são todas iguais, ou seja, isto efetivamente indica que era uma estrutura enorme. Pode ter evoluído de uma caraterística natural, mas não a encontramos, por isso, é a maior estrutura pré-histórica encontrada na Grã-Bretanha", explicou o acadêmico. Cada fossa tinha dez metros de diâmetro e cinco metros de profundidade.
Como escreve o The Guardian, as descobertas apontam para a realidade de os habitantes locais antigos, compostos principalmente por fazendeiros, "terem desenvolvido uma maneira de contar, rastreando centenas de passos para medir as fossas". O posicionamento das fossas podia ter significado cosmológico, da mesma forma que o Stonehenge foi posicionado em relação aos solstícios.
New tests show neolithic pits near Stonehenge were human-made. #twitterstorians https://t.co/xrlVvt4sof pic.twitter.com/tNi4l49vCX
— Kent Navalesi (@KentNavalesi) November 23, 2021
Novos testes mostram que fossas neolíticas perto de Stonehenge são feitas por humanos.
Com o uso de uma nova técnica, conhecida como luminescência oticamente estimulada (OSL, na sigla em inglês), os cientistas conseguiram datar a última vez que os sedimentos foram expostos à luz solar, sem o uso tradicional de carvão vegetal.
"Estes provaram sem margem para dúvidas que as fossas datam de cerca de 2.400 a.C.", informou o dr. Tim Kinnaird, geólogo da Universidade de St. Andrews, Escócia, Reino Unido, notando "a consistência notável entre os núcleos, a identificação de múltiplas e distintas depressões, a sugestão de que as fossas foram preenchidas em um período semelhante", e o trabalho no laboratório para confirmar de que "estas não eram caraterísticas naturais".
Kinnaird observou que os dados confirmam que as fossas foram usadas até meados da Era do Bronze, e a partir deste período foram acumulando lodo.
"Então estas coisas foram mantidas além das fases monumentais do Stonehenge", comentou o pesquisador.
A descoberta deverá ser explorada em 9 de dezembro em um documentário da emissora britânica Channel 5, às 21h00, horário de Londres (18h00, horário de Brasília).