Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta segunda-feira, 29 de novembro
06:00 29.11.2021 (atualizado: 06:08 29.11.2021)
© AP Photo / Moises CastilloCandidata à presidência de Honduras Xiomara Castro após as eleições, 28 de novembro de 2021
© AP Photo / Moises Castillo
Nos siga no
Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta segunda-feira (29), marcada pelo reinício das negociações sobre o acordo nuclear iraniano em Viena, pela disseminação da nova cepa Ômicron e pelas eleições presidenciais em Honduras.
Nova variante Ômicron do coronavírus se espalha pelo mundo mas ainda não chegou ao Brasil
Neste domingo (28), o Brasil confirmou mais 78 mortes e 3.422 casos de COVID-19, totalizando 614.314 óbitos e 22.078.741 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa. Entretanto, uma nova mutação do coronavírus, batizada de Ômicron, foi identificada em ao menos 12 países. A nova cepa foi detectada pela primeira vez na África do Sul na semana passada, e classificada pela OMS como variante de preocupação. Nas Américas, a Ômicron ainda não foi encontrada, mas, conforme o virologista Fernando Spilki, entrevistado pela CNN, a mutação chegará ao Brasil em breve: "A variante chegará, isso é inexorável, ela vai se disseminar pelo mundo e o Brasil não vai ficar livre". Os profissionais de saúde reforçam a importância da vacinação e de medidas cautelares para evitar a contaminação. Em uma live nas redes ontem (28), o ministro Marcelo Queiroga tranquilizou os brasileiros, sublinhando que os cuidados em relação à nova variante são os mesmos aplicadas a outras cepas. "A principal arma que nós temos para enfrentar essa situação é a nossa campanha de imunização", ressaltou.
© AP Photo / Alberto PezzaliPessoas em Londres passam por cartaz dizendo "Fique seguro", enquanto novas medidas cautelares contra a nova variante Ômicron são impostas no Reino Unido, 28 de novembro de 2021
Pessoas em Londres passam por cartaz dizendo "Fique seguro", enquanto novas medidas cautelares contra a nova variante Ômicron são impostas no Reino Unido, 28 de novembro de 2021
© AP Photo / Alberto Pezzali
Prefeito de Madeiro é morto a tiros no norte do Piauí
No fim da tarde deste domingo (28), o prefeito de Madeiro, José de Ribamar Araújo Filho, conhecido como Zé Filho, foi assassinado a tiros em um campo de futebol no município, confirmou o governo do estado, em nota. O prefeito assistia a um jogo do Campeonato Madeirense em seu nome quando foi baleado três vezes. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e encaminhado para o hospital no munícipio de Luzilândia, mas não resistiu aos ferimentos. Zé Filho tinha 43 anos. Era seu primeiro mandato na prefeitura. Antes, ele tinha sido eleito vereador na mesma cidade em 2012 e 2016. Madeiro fica no norte do estado e tem cerca de 8.300 habitantes. A Polícia militar está realizando buscas a fim de localizar o autor do crime. "Madeiro perde um grande entusiasta que fazia de tudo para trazer progresso ao município", diz a nota da prefeitura.
Com tristeza recebo a notícia do assassinato do prefeito de Madeiro, município do Piauí. Zé Filho pertencia ao nosso Progressistas, e era um excelente gestor. Que Deus conforte sua família e amigos. Lamento mais um assassinato que pode ter sido ocasionado por motivações políticas pic.twitter.com/bIz50Xmwc1
— Samantha Cavalca (@samanthacavalca) November 28, 2021
Mulher é detida depois de xingar Bolsonaro em Resende
Uma mulher de 40 anos foi detida após proferir xingamentos contra o presidente Jair Bolsonaro, que neste sábado (27) visitou Resende, no Rio de Janeiro, para participar da cerimônia de formatura dos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras. Antes da cerimônia, o chefe do Executivo estava com a comitiva na Dutra, acenava aos veículos que passavam pela rodovia e cumprimentava os policiais da segurança. Uma mulher que estava em um dos carros que passavam pelo presidente "proferiu palavras de baixo calão e xingamentos", disse a polícia, o mais expressivo foi "Bolsonaro filho da puta", tendo sido de imediato encaminhada à delegacia da Polícia Federal para o registro de crime de injúria. A mulher foi liberada após assumir o compromisso de comparecer em juízo. A pena para o crime é de até três anos e multa, mas, no caso de ser cometido contra o presidente da República, é aumentada em um terço.
© AP Photo / Silvia IzquierdoPresidente Jair Bolsonaro durante cerimônia do 76º aniversário da Brigada de Infantaria Paraquedista, na base militar do Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2021
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia do 76º aniversário da Brigada de Infantaria Paraquedista, na base militar do Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2021
© AP Photo / Silvia Izquierdo
Eleições presidenciais em Honduras: Xiomara Castro declara vitória
A candidata à presidência Xiomara Castro, do partido Liberdade e Refundação, de esquerda, mantém sua vantagem nas eleições realizadas neste domingo (29) em Honduras, segundo a mais recente atualização do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Com 6.299 atos processados, equivalente a 34,43% do total, Castro tem 642.520 votos para virar a primeira mulher presidente de Honduras, seguida pelo candidato do poder Nasry Asfura, do Partido Nacional da direita, com 410.184 votos. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, qualificou de "histórico" o resultado de Castro. "A 12 anos do golpe de Estado contra o irmão Manuel Zelaya, o povo de Morazán retoma o caminho da esperança, conferindo uma vitória histórica à presidente eleita, Xiomara Castro. A Pátria celebra o trinfo da democracia e da paz em Honduras. Felicidades!", publicou Maduro em sua conta no Twitter. "Nós ganhamos! Nós ganhamos!", disse Castro, antiga primeira-dama que concorre à presidência pela terceira vez, aos apoiadores do partido. "Hoje o povo fez justiça. Revertemos o autoritarismo", segundo suas palavras. Além do novo chefe de Estado, ontem (28) Honduras elegeu novo Congresso, os representantes ao Parlamento da América Central e uma série de autoridades locais.
França culpa Reino Unido pelos afogamentos no canal da Mancha por país ser 'atrativo demais' para migrantes
Neste domingo (28), foi realizada uma reunião dos ministros e representantes dos países da União Europeia sobre a situação dos migrantes na cidade francesa de Calais. Porém, o representante do Reino Unido não participou por causa das tensões com a França. Paris tentou acusar Londres do recente afogamento de 27 migrantes ao largo do porto francês e exortou o Reino Unido a se tornar "menos atrativo" para os refugiados. Ao menos 27 migrantes, incluindo três crianças e cinco mulheres, se afogaram na quarta-feira (24) ao largo do porto francês de Calais. Paris impediu, na última hora, que a ministra do Interior britânica, Priti Patel, participasse da reunião, embora o premiê Boris Johnson tenha escrito uma carta aberta ao presidente francês, Emmanuel Macron, propondo cooperação para "travar o comércio mortal de sofrimento humano". Em vez de assumir a responsabilidade francesa por não ser capaz de parar o tráfico de pessoas, o ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, disse que os migrantes foram "atraídos pelo Reino Unido, especialmente pelo mercado de trabalho, o que significa que você pode trabalhar no Reino Unido sem qualquer documento de identificação". Discursando na reunião sobre a crise, Darmanin afirmou que o Reino Unido deve ser mais "responsável" e se tornar "menos atraente para os migrantes".
© REUTERS / POOLMinistro do Interior da França, Gerald Darmanin (no centro), durante reunião ministerial sobre a crise dos refugiados em Calais, França, 28 de novembro de 2021
Ministro do Interior da França, Gerald Darmanin (no centro), durante reunião ministerial sobre a crise dos refugiados em Calais, França, 28 de novembro de 2021
© REUTERS / POOL
Negociações sobre acordo nuclear iraniano recomeçam em Viena
Suspensas por cinco meses, as negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano vão ser retomadas nesta segunda-feira (29) em Viena, enquanto analistas preveem obstáculos à rápida restauração do acordo de 2015. As conversações foram pausadas em junho em uma nota positiva, com diplomatas dizendo estar "próximos" do compromisso, mas a chegada do conservador presidente iraniano Ebrahim Raisi ao poder no país mudou a visão. O Irã ignorou os apelos dos países ocidentais a retomar as negociações, reforçando, entretanto, as capacidades do programa nuclear iraniano. O acordo de 2015, também conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), estabeleceu o levantamento de várias sanções econômicas impostas ao Irã em troca de redução do programa nuclear do país. Após os EUA terem abandonado o acordo em 2018, o Irã também deixou de cumprir o pacto. Mesmo que Teerã tenha concordado em voltar às negociações, o enviado especial dos EUA ao Irã, Rob Malley, disse que a atitude de Teerã "não augura nada de bom para as conversações". "Se o Irã pensa que pode usar o tempo para obter mais vantagem e, em seguida, voltar e dizer que quer algo melhor, simplesmente não vai funcionar. Nós e nossos parceiros não vamos aceitar isso ", disse o enviado ao BBC Sounds no sábado (27).