Turquia disposta a ser mediadora entre Ucrânia e Rússia para aliviar tensões, diz Erdogan
08:08 29.11.2021 (atualizado: 10:10 29.11.2021)
© AP Photo / Domenico StinellisPresidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em coletiva de imprensa na cúpula do G20 em Roma, Itália, 31 de outubro de 2021
![Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em coletiva de imprensa na cúpula do G20 em Roma, Itália, 31 de outubro de 2021 Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em coletiva de imprensa na cúpula do G20 em Roma, Itália, 31 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 29.11.2021](https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e5/0b/1d/20428597_0:250:3197:2048_1920x0_80_0_0_7ec12fef39acfae5929e4fc32e523b87.jpg)
© AP Photo / Domenico Stinellis
Nos siga no
A Turquia está disposta a agir como mediadora entre a Ucrânia e a Rússia, disse o presidente Tayyip Erdogan citado pela emissora NTV, nesta segunda-feira (29), adicionando que Ancara quer "participar da resolução" da crise.
A Turquia, membro da OTAN, tem boas relações tanto com Kiev como com Moscou, mas, ao mesmo tempo, se opõe à política da Rússia na Síria.
"Seja como mediadora, seja conversando com eles sobre o assunto, mantendo conversas com a Ucrânia e [o presidente Vladimir] Putin, queremos participar da solução disso", afirmou o presidente turco em um voo de volta do Turcomenistão.
"Nós apoiamos a paz na região [...]. Temos discutido esses assuntos várias vezes com nossos amigos na Rússia e especialmente com Putin", cita a emissora NTV suas palavras.
Entretanto, o Kremlin não vê qualquer possibilidade de resolver o conflito interno ucraniano através de uma cúpula entre os presidentes da Rússia e Ucrânia, Vladimir Putin e Vladimir Zelensky. Isso foi confirmado hoje (29) pelo porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, que disse que um tal encontro não está na mesa.
A chancelaria russa negou várias vezes os relatos de mídias ocidentais de que a Rússia estaria aumentando seu contingente militar na fronteira com a Ucrânia. O Kremlin sublinhou que Moscou mantém presença militar em seu território onde considera necessário.
As autoridades ucranianas iniciaram, em abril de 2014, uma operação militar contra as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, que declararam sua independência após o golpe de Estado no país em fevereiro de 2014. A resolução da situação na região está no centro da discussão nas reuniões do grupo de contato de Minsk, que, desde setembro de 2014, já aprovou três documentos reguladores para reduzir o conflito. Porém, mesmo após os acordos sobre cessar-fogo entre os lados, as escaramuças continuam.