Turquia disposta a ser mediadora entre Ucrânia e Rússia para aliviar tensões, diz Erdogan
08:08 29.11.2021 (atualizado: 10:10 29.11.2021)
© AP Photo / Domenico StinellisPresidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em coletiva de imprensa na cúpula do G20 em Roma, Itália, 31 de outubro de 2021
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A Turquia está disposta a agir como mediadora entre a Ucrânia e a Rússia, disse o presidente Tayyip Erdogan citado pela emissora NTV, nesta segunda-feira (29), adicionando que Ancara quer "participar da resolução" da crise.
A Turquia, membro da OTAN, tem boas relações tanto com Kiev como com Moscou, mas, ao mesmo tempo, se opõe à política da Rússia na Síria.
"Seja como mediadora, seja conversando com eles sobre o assunto, mantendo conversas com a Ucrânia e [o presidente Vladimir] Putin, queremos participar da solução disso", afirmou o presidente turco em um voo de volta do Turcomenistão.
"Nós apoiamos a paz na região [...]. Temos discutido esses assuntos várias vezes com nossos amigos na Rússia e especialmente com Putin", cita a emissora NTV suas palavras.
Entretanto, o Kremlin não vê qualquer possibilidade de resolver o conflito interno ucraniano através de uma cúpula entre os presidentes da Rússia e Ucrânia, Vladimir Putin e Vladimir Zelensky. Isso foi confirmado hoje (29) pelo porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, que disse que um tal encontro não está na mesa.
A chancelaria russa negou várias vezes os relatos de mídias ocidentais de que a Rússia estaria aumentando seu contingente militar na fronteira com a Ucrânia. O Kremlin sublinhou que Moscou mantém presença militar em seu território onde considera necessário.
As autoridades ucranianas iniciaram, em abril de 2014, uma operação militar contra as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, que declararam sua independência após o golpe de Estado no país em fevereiro de 2014. A resolução da situação na região está no centro da discussão nas reuniões do grupo de contato de Minsk, que, desde setembro de 2014, já aprovou três documentos reguladores para reduzir o conflito. Porém, mesmo após os acordos sobre cessar-fogo entre os lados, as escaramuças continuam.