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França acusa Reino Unido de manter estrutura de 'escravidão moderna' em meio à crise migratória

© AP Photo / Alastair GrantNavio de patrulha da Força de Fronteira Britânica intercepta barco de migrantes na costa de Dungeness, Inglaterra, Reino Unido, 16 de setembro de 2021
Navio de patrulha da Força de Fronteira Britânica intercepta barco de migrantes na costa de Dungeness, Inglaterra, Reino Unido, 16 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2021
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A declaração, feita nesta segunda-feira (29) pelo secretário de Estado francês para Assuntos Europeus, Clément Beaune, é resultado da instabilidade entre os dois países mediante a crise migratória no canal da Mancha e no estreito de Dover.

O secretário de Estado não poupou críticas ao governo do país vizinho durante entrevista à cadeia francesa de rádio France Inter: "Um dos motores da economia inglesa, não toda, obviamente, é o trabalho ilegal […] Existe, vamos dizer, um modelo econômico que, às vezes, parece uma estrutura de escravidão moderna, ou pelo menos um indicativo de que o trabalho ilegal é muito forte".

Ainda durante a entrevista à France Inter, o secretário defendeu o governo francês dizendo que "a exploração de trabalhadores ilegal é menor na França, pois existe mais fiscalização".
Também nesta segunda-feira (29), o ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, cobrou mudanças do governo britânico para poder por fim na crise migratória.
A declaração foi dada durante uma entrevista ao canal BFMTV, na qual ele pontuou os dois maiores problemas, que seriam "a inexistência de um caminho legal para os migrantes chegarem ao Reino Unido [...], e a facilidade de se conseguir emprego sem identificação".
A relação entre os dois países piorou quando, na última quarta-feira (24), um barco que levava migrantes da França para o Reino Unido afundou no canal da Mancha, deixando pelo menos 27 mortos, segundo a agência de notícias Reuters.
A maioria das pessoas que tenta cruzar o canal da Mancha e o estreito de Dover está fugindo de áreas de conflito como Afeganistão, Iraque, Eritreia e Sudão.
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