Petrobras vende a fundo árabe 2ª maior refinaria do país localizada na Bahia
11:25 01.12.2021 (atualizado: 14:02 01.12.2021)
© Folhapress / Ageu da Rocha / Futura Press /Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), da Petrobras, na cidade de Canoas (RS)
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Inaugurada em 1950, refinaria vendida foi a primeira a ser construída no Brasil, e até hoje, é segunda maior do país em capacidade. Iniciativa da empresa pretende vender mais sete unidades.
Nesta quarta-feira (1º), a primeira refinaria vendida pela Petrobras – desde que decidiu se desfazer de metade de sua capacidade de refino – entra em operação sob a gerência de seu comprador.
A Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, foi vendida por R$ 10,1 bilhões e agora pertence ao fundo árabe Mubadala Capital, segundo a Folha de São Paulo.
Agora, a unidade passará a se chamar Refinaria de Mataripe e será gerida pela Acelen, empresa criada pelo Mubadala para atuar no mercado de refino brasileiro. Entretanto, durante o período de transição, a Petrobras apoiará a Acelen na operação das instalações.
Além da refinaria, a transação incluiu um terminal marítimo de movimentação de petróleo e combustíveis e a malha de dutos associada aos dois negócios, com 669 quilômetros de extensão.
Concluímos a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o grupo Mubadala Capital. Esse é o início de uma fase do mercado de refino brasileiro com mais competição e investimentos. Saiba mais em: https://t.co/OR7QzZXBUt pic.twitter.com/YW6sYjHtbY
— Petrobras (@petrobras) December 1, 2021
Ao todo, a estatal brasileira anunciou a venda de oito refinarias no âmbito de processos que deveriam ser concluídos até o fim do ano, mas até o momento, só três tiveram contratos assinados.
A ação é questionada na Justiça por sindicatos de petroleiros, que realizarão um ato nacional na sexta-feira (3) contra a venda. A venda de ativos da estatal chegou a ser contestada pelo Congresso no Supremo Tribunal Federal (STF), porém, não obteve sucesso.
"A gestão da Petrobras está se desfazendo de ativos importantes para o país, tornando-se uma empresa pequena, exportadora de óleo cru, 'suja' ambientalmente. É preciso barrar essas privatizações", disse o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.
No entanto, de acordo com a mídia, a estratégia da empresa para o setor de refino prevê a manutenção apenas das unidades localizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, que têm cerca de 50% da capacidade nacional de refino e ficam mais próximas dos campos produtores de petróleo e dos maiores mercados consumidores.