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Relutância dos EUA em retirar sanções do Irã é maior obstáculo às negociações do JCPOA, diz Teerã

© REUTERS / Majid Asgaripour / Wana / HandoutJornal com foto de capa da equipe de negociação nuclear iraniana em Viena, Áustria, em Teerã, Irã, 29 de novembro de 2021
Jornal com foto de capa da equipe de negociação nuclear iraniana em Viena, Áustria, em Teerã, Irã, 29 de novembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 05.12.2021
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Os EUA devem "desistir completamente de sanções" se querem progredir nas negociações sobre o acordo nuclear, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Irã.
A enorme "relutância" dos EUA em retirar as sanções contra Teerã é o "maior obstáculo" para avançar nas negociações em Viena, Áustria, para restaurar o acordo nuclear, disse um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Irã, citado no sábado (5) pela agência iraniana Tasnim.
"Agora é claro que a relutância de Washington em desistir completamente das sanções é o principal desafio para o progresso nas discussões", comentou ele.
De acordo com o funcionário da chancelaria iraniana, "assim que o governo dos EUA abandonar a campanha de máxima pressão e as partes europeias mostrarem a vontade política necessária nas negociações, o caminho para conseguir imediatamente um acordo será aberto".
Na segunda-feira (29), no início da sétima rodada de negociações para restaurar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), Teerã insistiu que apenas com a retirada das sanções o país persa aceitaria regressar ao acordo, tendo entregado duas propostas às restantes partes, uma sobre a remoção de sanções, e outra relativamente às limitações nucleares. O Irã também disse que entregaria uma terceira proposta dobre os mecanismos para prevenir a saída do acordo pelos EUA.
Enrique Mora, vice-secretário-geral do Serviço Europeu de Ação Externa (EEAS, na sigla em inglês), e Ali Bagheri Kani, negociador nuclear principal do Irã, ambos no centro, esperam pelo começo de reunião da Comissão Conjunta do JCPOA (acordo nuclear iraniano) em Viena, Áustria, 29 de novembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 29.11.2021
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Mais tarde, na sexta-feira (3), os EUA interromperam as discussões, considerando que o Irã "não parece sério" em querer chegar a um acordo com o país norte-americano, e criticando as exigências feitas pelo lado iraniano.
"Ao contrário das afirmações dos funcionários americanos, eu acredito que, se as outras partes tiverem boa vontade e pararem seu jogo de culpas, um acordo estará à vista", acrescentou o alto funcionário iraniano citado pela Tasnim.
"As outras partes devem dar respostas próprias ou apresentar novas propostas e ideias claras por escrito [...] Nesse caso, surgirão caminhos para a conclusão do acordo e a resolução de diferenças", apontou ele.
Após assinar o JCPOA em 2015 com o Irã e outros países, o país norte-americano deixou o pacto em 2018 sob a administração de Donald Trump (2017-2021), e reimpôs sanções a Teerã, levando os iranianos a abandonarem gradualmente os termos do acordo a partir de 2019. A chegada ao poder nos EUA de Joe Biden em 2021 não alterou muito a dinâmica, com Washington impondo mais sanções ao longo deste ano, apesar da disponibilidade declarada de voltar ao acordo nuclear.
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