Congresso peruano rejeita destituição do presidente Pedro Castillo
00:27 08.12.2021 (atualizado: 09:01 08.12.2021)
© AP Photo / Guadalupe PardoO presidente peruano, Pedro Castillo, durante cerimônia em Lima, no Peru, no dia 22 de novembro de 2021
© AP Photo / Guadalupe Pardo
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O Congresso peruano rejeitou, na noite desta terça-feira (7), iniciar o processo de destituição do presidente Pedro Castillo, um procedimento que buscava declarar a "incapacidade moral" do mandatário para exercer o cargo.
Con 76 votos en contra, 46 a favor y 4 abstenciones, el #PlenoDelCongreso rechazó la admisión de la Moción 1222, que propone declarar la permanente incapacidad moral del presidente de la República, Pedro Castillo. pic.twitter.com/k2mkeELHEM
— Congreso del Perú (@congresoperu) December 8, 2021
#PlenárioDoCongresso l Votar a admissão da Moção 1222, que propõe a declaração de incapacidade moral permanente do presidente da República, Pedro Castillo.
Com 76 votos contra, 46 a favor e 4 abstenções, o plenário do Congresso rejeitou a admissão da Moção 1222, que propõe declarar a incapacidade moral permanente do presidente da República, Pedro Castillo.
Para ser admitida à votação no Congresso peruano, a moção exigia 52 votos dos 130 legisladores. Se fosse aceita, mais à frente, a oposição precisaria de 87 votos favoráveis à destituição..
En nombre de mi Gobierno, agradezco que la votación del @congresoperu antepusiera al Perú sobre otros intereses. Hermanos, demos fin a las crisis políticas y trabajemos juntos para lograr un Perú justo y solidario. El pueblo nos ha confiado sus anhelos. No lo defraudemos.
— Pedro Castillo Terrones (@PedroCastilloTe) December 8, 2021
Em nome de meu governo, agradeço que a votação do @congresoperu tenha colocado o Peru à frente de outros interesses. Irmãos, vamos acabar com a crise política e trabalhar juntos para conseguir um Peru justo e solidário. O povo confiou-nos os seus anseios. Não vamos decepcioná-lo.
A tentativa de derrubar Castillo foi apresentada no dia 25 de novembro pelos partidos de direita Avanza País, Fuerza Popular e Renovación Popular, que representam um terço do parlamento peruano.
No dia 29 de novembro, durante discurso no Encontro Nacional de Camponeses, Nativos e Urbanos do Peru, o presidente acusou as elites e setores da direita peruana de se recusarem a reconhecer os resultados das últimas eleições e de tentarem desestabilizar o país.
Em entrevista ao jornal peruano El Comercio, no dia 26 do mesmo mês, o ministro do Interior, Avelino Guillén, afirmou que a moção se tratava de "uma estratégia política dirigida a derrubar um governo legítimo".
"Este é um golpe de Estado, é claramente uma violação da vontade popular", apontou na ocasião.