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UE se junta à militarização da Ucrânia, resolução pacífica chega a impasse, diz MRE russo

© REUTERS / Maksim ShemetovBandeira da Rússia na Torre Spasskaia do Kremlin de Moscou, Rússia, 27 de fevereiro de 2019
Bandeira da Rússia na Torre Spasskaia do Kremlin de Moscou, Rússia, 27 de fevereiro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 09.12.2021
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A União Europeia se juntou ao processo de militarização da Ucrânia, na sequência do que as negociações sobre a regulação pacífica chegaram a impasse, disse a representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova.
A representante notou que Kiev, com apoio do Ocidente, tenta passar a responsabilidade para a Rússia, enquanto Moscou é apenas um mediador no processo de pacificação.
"Recentemente no processo da militarização da Ucrânia se envolveu a União Europeia. No dia 2 de dezembro, o Conselho da UE decidiu alocar 31 milhões de euros [R$ 194,2 milhões] para ajuda técnica e militar à Força Aérea da Ucrânia. Essa ajuda técnica de jeito nenhum serve para a paz em Donbass. Em vista disso, as negociações sobre a resolução pacífica praticamente chegaram a um impasse", afirmou ela durante um briefing na quinta-feira (9).
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Zakharova acrescentou que as sessões regulares do Grupo de Contato e seus subgrupos de trabalho, que decorreram de 7 a 8 de dezembro, mais uma vez terminaram sem resultados.

"Em vez de cumprir os compromissos do conjunto de medidas de Minsk, o regime de Kiev está envolvido simplesmente em uma imitação do processo, evitando um diálogo direto com Donetsk e Lugansk e tentando passar a responsabilidade pela regulação na Ucrânia para a Rússia, que, vou relembrar, é um mediador no processo de paz", afirmou.

As autoridades ucranianas começaram em abril de 2014 uma operação militar contra as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk, que declararam sua independência após o golpe de Estado ocorrido em Kiev em fevereiro de 2014. Segundo dados das repúblicas, cerca de 6,8 mil pessoas foram vítimas do conflito.
A questão da regulação da situação em Donbass tem sido discutida inclusive durante as reuniões do Grupo de Contato. Porém, mesmo após os acordos de cessar-fogo as escaramuças continuam: Donetsk notificou sobre ataques contra áreas residenciais da artilharia pesada ucraniana. Moscou declarou repetidamente que Kiev não cumpre os Acordos de Minsk e arrasta as negociações de paz, ante o que a OTAN está deslocando suas tropas e material para as fronteiras da Rússia.
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