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Biden estaria retendo grande ajuda militar à Ucrânia para usar como 'alavanca' contra Rússia

© AP Photo / Efrem LukatskySoldado ucraniano armado com Javelin dos EUA na rua Kreschatik, durante um desfile militar para celebrar o Dia da Independência, em Kiev, Ucrânia, 24 de agosto de 2018.
Soldado ucraniano armado com Javelin dos EUA na rua Kreschatik, durante um desfile militar para celebrar o Dia da Independência, em Kiev, Ucrânia, 24 de agosto de 2018. - Sputnik Brasil, 1920, 11.12.2021
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Enquanto inúmeros relatos ocidentais têm alimentado a narrativa da "invasão russa", acusando Moscou de reunir tropas perto de sua fronteira com a Ucrânia, a NBC News noticiou na sexta-feira que US$ 200 milhões em assistência militar de Washington a Kiev serão adiados.
O presidente dos EUA, Joe Biden, está retendo uma ajuda militar adicional significativa à Ucrânia a fim de dar mais tempo aos esforços diplomáticos para acalmar as tensões na fronteira entre Ucrânia e Rússia, relatou a NBC News.
Além disso, a ajuda dos EUA que Kiev vem buscando pode ser usada como alavanca no caso do suposto ataque russo à Ucrânia, disseram fontes citadas pelo veículo.
Em meio às alegações de uma suposta "invasão russa" ao país vizinho, a publicação relatou na sexta-feira (10) que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, preparou US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,12 bilhão) em ajuda militar para Kiev. No entanto, Washington teria adiado a entrega para permitir que se esgotem as opções diplomáticas para acalmar as tensões.
Uma série de outras opções sobre a mesa incluem um "pacote muito maior" de ajuda para a Ucrânia no caso de uma forte escalada da situação, acrescentou uma fonte.
De acordo com o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan, o presidente Joe Biden informou o presidente russo Vladimir Putin durante sua videochamada na terça-feira (7) que, se a Rússia lançasse um "ataque" à Ucrânia, a América imporia duras sanções a Moscou, além de enviar mais ajuda militar a Kiev.
© REUTERS / Sergei GuneevVladimir Putin e Joe Biden, presidentes da Rússia e dos EUA, respetivamente, conversam virtualmente, com o primeiro falando de Sochi, Rússia, 7 de dezembro de 2021
Vladimir Putin e Joe Biden, presidentes da Rússia e dos EUA, respetivamente, conversam virtualmente, com o primeiro falando de Sochi, Rússia, 7 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 11.12.2021
Vladimir Putin e Joe Biden, presidentes da Rússia e dos EUA, respetivamente, conversam virtualmente, com o primeiro falando de Sochi, Rússia, 7 de dezembro de 2021
"Forneceríamos material defensivo adicional aos ucranianos, além do que já estamos fornecendo", disse Sullivan.
Neste ponto, Sullivan estava se referindo a um pacote supostamente muito maior de ajuda potencial e não à remessa original de US$ 200 milhões, afirmou a fonte.
O pacote menor "está na mesa do presidente há cerca de três a quatro semanas", acrescentou uma das fontes informadas sobre o assunto e citadas pela NBC.
Não foi esclarecido o que o pacote de ajuda proposto de US$ 200 milhões inclui. Kiev buscou assistência em sistemas de defesa antiaérea, mísseis antinavio, mísseis antitanque Javelin, equipamento eletrônico de interferência, sistemas de radar, munições comuns e de artilharia atualizadas e suprimentos médicos, afirmou o relato. As autoridades de Kiev teriam ficado intrigadas e preocupadas com o atraso nas remessas dos Estados Unidos. "Há uma leve frustração com isso", disse outra fonte citada.
Ainda não houve nenhum comentário da Casa Branca ou de autoridades ucranianas sobre o relato.
Isso ocorreu no momento em que um grupo bipartidário de 22 legisladores da Câmara escreveu uma carta ao presidente Biden na quarta-feira (8), pedindo ao governo que acelere a ajuda militar à Ucrânia.
Bandeira da Rússia na Torre Spasskaia do Kremlin de Moscou, Rússia, 27 de fevereiro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 09.12.2021
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"Para maximizar a dissuasão, é fundamental que pelo menos alguma ajuda militar [Stingers, Javelins, drones e mísseis antinavio] seja fornecida imediatamente. O Estado ucraniano deve estar equipado com as ferramentas necessárias para se defender a si mesmo e à região contra a agressão russa", escreveram os legisladores.

Em um comentário publicado na sexta-feira (10) pela chancelaria da Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores , Dmitry Kuleba, disse:
"Temos nossas próprias forças militares capazes na Ucrânia e não esperamos que os países ocidentais pisem em nosso território. No entanto, precisamos de mais armas para nos defendermos. Tudo conta, desde munições a equipamentos médicos, mas precisamos especialmente de defesas antimísseis."
Nas últimas semanas, Kiev e alguns países ocidentais fizeram acusações a Moscou que esta estaria concentrando tropas perto de sua fronteira com a Ucrânia, supostamente em antecipação a uma "invasão russa".
Moscou rejeitou as acusações e alegou que era a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) "que estava empreendendo tentativas perigosas de se firmar no território ucraniano e aumentar suas capacidades militares ao longo da fronteira russa".
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