México, EUA e Guatemala se unem para combater contrabando de migrantes após tragédia em Chiapas
02:05 11.12.2021 (atualizado: 08:26 11.12.2021)
© AFP 2023 / Alfredo EstrellaO ministro das Relações Exteriores da Guatemala, Pedro Brolo, fala com membros da mídia em Tuxtla Gutierrez, no estado de Chiapas, no México, próximo da região onde 55 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após um acidente de caminhão
© AFP 2023 / Alfredo Estrella
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Os governos do México, dos Estados Unidos e da Guatemala concordaram em criar um grupo para combater a rede de contrabando de migrantes responsável por um acidente de caminhão, nesta quinta-feira (9), no estado mexicano de Chiapas, que deixou 55 mortos e mais de 100 feridos, a grande maioria guatemaltecos.
"Os países da região, sob proposta principalmente da Guatemala, anunciam, nesta noite [sexta-feira, 10], a criação do Grupo de Ação Imediata contra a rede de traficantes de pessoas responsáveis pela tragédia de Chiapas, para investigar, identificar, apreender e levar à Justiça membros e comandantes da organização criminosa transnacional", disseram em comunicado os chanceleres do México, Marcelo Ebrard, da Guatemala, Pedro Brolo, e o embaixador dos Estados Unidos, Ken Salazar.
O texto, lido na sede da chancelaria mexicana, indica que esse mecanismo está aberto a todos os países da região.
A medida já conta com o apoio de Equador, Honduras, Nicarágua e República Dominicana, cujos embaixadores participaram do evento.
Os diplomatas lamentaram a perda de vidas humanas e afirmaram que o atendimento aos feridos tem sido a prioridade e continuará sendo nas próximas horas.
"Condenamos e repudiamos as ações criminosas das redes internacionais de traficantes de pessoas", afirmou Ebrard, ao ler o comunicado.
© AP PhotoEquipes de resgate ajudam uma mulher ferida no local de um acidente no estado de Chiapas, no Sul México, no dia 9 de dezembro de 2021
Equipes de resgate ajudam uma mulher ferida no local de um acidente no estado de Chiapas, no Sul México, no dia 9 de dezembro de 2021
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O acordo define o compromisso compartilhado de "aplicar a lei contra os responsáveis". Além disso, os países concordaram em trabalhar de forma coordenada "para combater o tráfico de pessoas em todas as suas manifestações" e em dar todo o auxílio consular necessário às famílias das vítimas.
"Diante da tragédia e da dor, vamos agir com determinação", destacaram os diplomatas.