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Moscou acusa EUA de hipocrisia após relato de que CIA mudou foco para China e Rússia

© Sputnik / Serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da RússiaMaria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia
Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 12.12.2021
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O Kremlin respondeu à publicação de um relato de que a agência de espionagem norte-americana mudou seu foco das operações antiterroristas dos últimos 20 anos para a China e a Rússia.
Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, acusou os EUA de hipocrisia após a publicação de um relato de que a CIA planeja se concentrar mais nos rivais dos Estados Unidos – China e Rússia.

"Exatamente aquilo de que os EUA e a OTAN (e também a CNN) acusam a Rússia e a China. Então um país pode realizar atividade de inteligência contra outros ou não pode? Era bom que a CNN recebesse uma resposta a essa pergunta de Washington", apontou no sábado (11) em seu canal de Telegram.

Na sexta-feira (10), a emissora CNN publicou um relato, citando fontes, em que revelou que a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA, que se focou nos 20 anos posteriores aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em operações antiterroristas, decidiu regressar às suas atividades de espionagem contra outros Estados, neste caso contra "Estados-nação complicados", indicados como sendo a China, Rússia e Irã.
Representante oficial do MRE russo, Maria Zakharova, durante o briefing, 29 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 25.11.2021
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Segundo as fontes da CNN, essa mudança permitirá à CIA garantir um trabalho de qualidade dos espiões fora dos EUA, particularmente em países da África Ocidental, onde a China tem realizado grandes investimentos. Os agentes receberão preparação de acordo com sua especialização para a região geográfica em que vão operar, sendo que será dada particular atenção ao estudo de línguas locais e à solução de questões específicas que os espiões encontrarão no longo prazo.
A CIA também pretende utilizar mais falantes do mandarim, o dialeto chinês mais comum, investir em tecnologias e recolher informações sobre pessoas.
Em outubro a CIA abriu um novo centro focado em operações de inteligência na China, que se adicionará a "centros de missão" especializados em Coreia, África, Europa e Eurásia, que inclui a Rússia, Oriente Médio, Ásia Meridional e Central e o Hemisfério Ocidental, que abarca as Américas. A agência também tem centros de missão especializados em contrainteligência, antiterrorismo, questões globais, armas e antiproliferação.
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