https://noticiabrasil.net.br/20211213/armadura-assiria-de-2700-anos-descoberta-na-china-prova-transferencia-de-tecnologia-na-antiguidade-20671632.html
Armadura assíria de 2.700 anos descoberta na China prova transferência de tecnologia na antiguidade
Armadura assíria de 2.700 anos descoberta na China prova transferência de tecnologia na antiguidade
Sputnik Brasil
Pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, têm estudado uma armadura de escamas de couro única encontrada no túmulo de um cavaleiro no noroeste da... 13.12.2021, Sputnik Brasil
2021-12-13T12:42-0300
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Detalhes do design e da estrutura da armadura indicam que ela foi produzida no Império Neoassírio entre os séculos VIII e VI a.C. antes de ter sido levado para a China, escreve portal EurekAlert!Em 2013, uma armadura quase completa feita de couro foi encontrada no túmulo de um homem de aproximadamente 30 anos de idade perto da cidade de Turfan, no noroeste da China. Esta descoberta inédita, que permaneceu preservada durante milênios graças ao clima extremamente árido da área, forneceu à equipe internacional liderada por Patrick Wertmann, do Instituto de Estudos Asiáticos de Zurique, novos detalhes sobre a expansão da tecnologia militar durante o primeiro milênio a.C. Armaduras de escamas protegiam órgãos vitais dos combatentes como uma camada extra de pele sem restringir sua mobilidade. As armaduras eram feitas de pequenas placas em forma de escudo em formato de linhas horizontais e costuradas em um forro. Devido aos materiais caros e ao processo de fabricação laborioso, armaduras eram muito preciosas, e usá-las era considerado um privilégio da elite. Era raro serem enterradas junto com o dono. Utilizando a datação por radiocarbono para determinar a idade do objeto, revelou-se que ele data de entre os anos 786 e 543 a.C. Originalmente a armadura era feita de cerca de 5.444 escamas menores e 140 escamas maiores que, juntamente com os laços de couro e forro. pesava entre 4 e 5 quilos. A armadura se assemelha a um colete que protege a frente do tronco, os quadris, os lados e a parte inferior das costas do corpo. "As armaduras eram produzidas profissionalmente em grande número", disse Patrick Wertmann. Com o uso crescente de carruagens em guerras no Oriente Médio, uma armadura especial para cavaleiros foi desenvolvida a partir do século IX a.C. Mais tarde, estas armaduras se tornaram parte do equipamento padronizado das forças militares do Império Neoassírio, que se estendia a partir de áreas do atual Iraque ao Irã, Síria, Turquia e Egito. Não se sabe exatamente se a armadura pertencia a um soldado estrangeiro contratado pelas forças assírias, que a trouxe de volta a casa com ele, ou se ela foi capturada de alguém que tinha estado na região. "Mesmo que não possamos rastrear o caminho exato da armadura de escamas da Assíria para o noroeste da China, o achado é uma das raras provas reais da transferência de tecnologia de oeste para leste através do continente eurasiático durante o início do primeiro milénio antes de Cristo", concluiu pesquisador.
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Armadura assíria de 2.700 anos descoberta na China prova transferência de tecnologia na antiguidade
Pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, têm estudado uma armadura de escamas de couro única encontrada no túmulo de um cavaleiro no noroeste da China.
Detalhes do design e da estrutura da armadura indicam que ela foi produzida no Império Neoassírio entre os séculos VIII e VI a.C. antes de ter sido levado para a China,
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Em 2013, uma armadura quase completa feita de couro foi encontrada no
túmulo de um homem de aproximadamente 30 anos de idade perto da cidade de Turfan, no noroeste da China.
Esta
descoberta inédita, que permaneceu preservada durante milênios graças ao clima extremamente árido da área, forneceu à equipe internacional liderada por Patrick Wertmann, do Instituto de Estudos Asiáticos de Zurique, novos detalhes sobre a
expansão da tecnologia militar durante o primeiro milênio a.C.
Armaduras de escamas protegiam órgãos vitais dos combatentes como uma camada extra de pele sem restringir sua mobilidade. As armaduras eram
feitas de pequenas placas em forma de escudo em formato de linhas horizontais e costuradas em um forro.
Devido aos materiais caros e ao processo de fabricação laborioso, armaduras eram muito preciosas, e usá-las era considerado um privilégio da elite.
Era raro serem enterradas junto com o dono. Utilizando a datação por radiocarbono para determinar a idade do objeto, revelou-se que ele data de entre os anos 786 e 543 a.C.
Originalmente a armadura era feita de cerca de 5.444 escamas menores e 140 escamas maiores que, juntamente com os laços de couro e forro. pesava entre 4 e 5 quilos. A armadura se assemelha a um colete que protege a frente do tronco, os quadris, os lados e a parte inferior das costas do corpo.
"As armaduras eram produzidas profissionalmente em grande número", disse Patrick Wertmann.
Com o uso crescente de carruagens em guerras no Oriente Médio, uma
armadura especial para cavaleiros foi desenvolvida a partir do século IX a.C. Mais tarde, estas armaduras se tornaram parte do equipamento padronizado das forças militares do Império Neoassírio, que se estendia a partir de áreas do atual Iraque ao Irã, Síria, Turquia e Egito.
Não se sabe exatamente se a armadura pertencia a um soldado estrangeiro contratado pelas forças assírias, que a trouxe de volta a casa com ele, ou se ela foi capturada de alguém que tinha estado na região.
"Mesmo que não possamos rastrear o caminho exato da armadura de escamas da Assíria para o noroeste da China, o achado é uma das raras provas reais da transferência de tecnologia de oeste para leste através do continente eurasiático durante o início do primeiro milénio antes de Cristo", concluiu pesquisador.