Encontrado na Rússia enterro coletivo de mais de 2.300 anos, em poço abandonado (FOTOS)
© Foto / Pixabay / annbalEsqueletos
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Arqueólogos russos encontraram no oeste da Rússia um antigo poço funerário com três esqueletos dos séculos IV e III a.C. pertencentes à época cita.
A descoberta foi feita durante escavações no rio Don, em um antigo povoado na região de Lipetsk, no oeste da Rússia, segundo o estudo publicado na revista Uralsky Istorichesky Vestnik. Além dos restos humanos, os pesquisadores encontraram no local traços de fortificações, múltiplos fragmentos de cerâmica e dois arpões feitos de osso. Além disso, os arqueólogos descobriram vários túmulos e um poço que teria servido de sepultura coletiva ritual.
Os especialistas Yuri Razuvaev e Irina Reshetova investigaram o poço, que, inicialmente, tinha uma profundidade de seis metros. Em determinada época, após um incêndio que destruiu o povoado, ele foi abandonado por muito tempo. À profundidade de quatro metros os arqueólogos encontraram os restos de três homens e, acima deles, mais um.
© Foto / Yuri Razuvaev / Irina Reshetova / Uralsky Istorichesky Vestnik 2021Restos de poço com enterro coletivo encontrado na Rússia
Restos de poço com enterro coletivo encontrado na Rússia
© Foto / Yuri Razuvaev / Irina Reshetova / Uralsky Istorichesky Vestnik 2021
Os cientistas sugerem que, muito provavelmente, as primeiras três pessoas foram colocadas no fundo do poço por meio das cordas e não simplesmente jogadas de cima. Todos os esqueletos estavam incompletos e as pessoas tinham mais de 50 anos no momento do sepultamento.
© Foto / Yuri Razuvaev / Irina Reshetova / Uralsky Istorichesky Vestnik 2021Reconstrução de aparência de um dos homens enterrados no poço
Reconstrução de aparência de um dos homens enterrados no poço
© Foto / Yuri Razuvaev / Irina Reshetova / Uralsky Istorichesky Vestnik 2021
Conforme notaram os especialistas, é pouco provável que tenham sofrido algum tipo de morte violenta. Para esse fato apontam um enterro muito cuidadoso e uma plataforma de barro com traços de fogueiras, bem como dois arpões de osso.
Na opinião dos cientistas, "tudo isso indica que no povoado existia um complexo ritual cujo elemento principal era o enterro coletivo no poço, agora abandonado".
A análise dos restos mostrou que as pessoas tinham vestígios de cáries dentárias e lesões periodontais. Além do mais, foram registradas mudanças degenerativas relacionadas à idade, bem como fraturas recuperadas dos ossos nasais e occipitais. Os cientistas não encontraram evidências de morte violenta, mas notaram que três homens morreram mais ou menos ao mesmo tempo.
© Foto / Yuri Razuvaev / Irina Reshetova / Uralsky Istorichesky Vestnik 2021Maxilar inferior com cárie de um dos homens enterrados no poço
Maxilar inferior com cárie de um dos homens enterrados no poço
© Foto / Yuri Razuvaev / Irina Reshetova / Uralsky Istorichesky Vestnik 2021
O esqueleto do homem que foi encontrado separadamente permite considerar que seu corpo teria passado por determinadas ações rituais.
Os citas eram um antigo povo de pastores nômades equestres que por toda a Antiguidade Clássica dominaram um território compreendido entre as estepes do mar Negro (leste do Danúbio) até a China moderna.