Lula se solidariza com Cid e Ciro Gomes e diz que ação da PF foi 'uma invasão'
Nos siga no
Ex-presidente condena ação da Polícia Federal que entrou na casa dos políticos e chama ação de "inexplicável". Ao mesmo tempo, Ciro criticava o petista em entrevista nesta manhã (15).
Após a Polícia Federal cumprir mandatos de busca e apreensão hoje (15) que envolvem o pré-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT) e o seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), o ex-presidente Lula se solidarizou com o caso e disse que repugna o comportamento da PF, caracterizando o ato como "invasão".
"É inexplicável que as pessoas que poderiam ser intimadas para dar explicação tenham a casa invadida sem levar em consideração que um é candidato a presidente e o outro é um senador da República", disse Lula citado pelo portal UOL.
Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes, que tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser respeitados.
— Lula (@LulaOficial) December 15, 2021
No entanto, enquanto o petista se solidarizava com Ciro, o presidenciável pedetista criticava Lula em entrevista nesta manhã (15) para José Luiz Datena, na rádio Bandeirantes de São Paulo, segundo a mídia.
"A intenção [da ação da PF] é me abater, para eu ser moderado e não continuar atacando aqueles ladrões, assaltantes da vida pública brasileira, como é o Bolsonaro e como foi o Lula", disse Ciro a Datena.
Posteriormente, Ciro fez uma postagem no Twitter agradecendo Lula pelo apoio.
Obrigado presidente @LulaOficial. O estado policial de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os democratas. Me considero na obrigação de dar todos os esclarecimentos necessários, em respeito ao povo brasileiro, e o farei. https://t.co/TJLU8uWMIO
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 15, 2021
Segundo a PF, a operação de hoje (15) apura "fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimento de licitação para obras no estádio Castelão", conforme noticiado.
Na época dos fatos investigados, Cid Gomes era o governador do Ceará. A investigação, que começou em 2017, indica o pagamento de R$ 11 milhões em propinas para que uma determinada empresa ganhasse o processo licitatório da Arena Castelão e, posteriormente, recebesse valores devidos pelo governo do Ceará.