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Chanceler da Noruega chama propostas de segurança da Rússia à OTAN de 'completamente irrealistas'

CC0 / U.S. Army photo by 1st Lt. Alexander Jansen/54th Engineer Battalion / Treinamento conjunto de soldados dos EUA e estonianos na Polônia (foto de arquivo)
Treinamento conjunto de soldados dos EUA e estonianos na Polônia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 20.12.2021
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Nas propostas de segurança apresentadas pela Rússia na semana passada a OTAN é instada a descartar suas atividades militares na Ucrânia e em outras ex-repúblicas soviéticas.
Além disso, tanto Moscou como a Aliança Atlântica devem, em condição mútua, não implantar mísseis de alcance curto e intermediário em zonas a partir das quais eles possam atingir os territórios um do outro.
Ministra das Relações Exteriores da Noruega Anniken Huitfeldt classificou de irrealistas as posições do documento que envolvem o fim da expansão do bloco para leste e a remoção de armas dos Estados-membros incluídos na Aliança depois de 1997.

"As exigências são completamente irrealistas", afirmou a chanceler à emissora norueguesa NRK, acrescentando que seria como "voltar 30 anos atrás".

Em maio de 1997, foi assinado o Ato Fundador sobre Relações Mútuas entre a OTAN e Rússia, que prevê a cooperação entre a Aliança e Moscou, incluindo a criação de um conselho permanente para negociações.
Nesse acordo de cooperação não foram feitas promessas de que a OTAN não aceitaria novos membros. No entanto, foram dadas garantias de não expansão ao antigo líder soviético Mikhail Gorbachev, que são constantemente lembradas pela Rússia.
Em 1999, dois anos após a assinatura do tratado, Polônia, Hungria e República Tcheca optaram por aderir à OTAN. Eslováquia, Bulgária e Romênia, junto com as antigas repúblicas soviéticas Estônia, Letônia e Lituânia, entraram no bloco em 2004.
Veículo blindado da 61ª brigada de fuzileiros navais da Frota do Norte durante treinamento em uma base de fuzileiros na região de Murmansk - Sputnik Brasil, 1920, 20.12.2021
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De acordo com Huitfeldt, cabe a cada país escolher de que organizações internacionais quer fazer parte.
"É responsabilidade de cada país soberano decidir como deve ser organizada [sua] política externa. É importante para a Noruega, é importante para as antigas repúblicas soviéticas. Elas escolheram [a OTAN] através de decisões democráticas em suas assembleias nacionais. Essa é a base para a independência de qualquer país", defendeu ministra norueguesa.
A Rússia considera a implantação de infraestrutura e sistemas de ataque da OTAN na Ucrânia, perto da fronteira russa, como uma "linha vermelha" que não pode ser cruzada.
Por sua vez, Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, observou que o ingresso da Ucrânia na OTAN também faria parte dessa "linha vermelha".
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