Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta terça-feira, 21 de dezembro
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Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta terça-feira (21), marcada pelo apoio da China às propostas de segurança russas, pelo intuito de Washington de completar o muro na fronteira com o México e pelo avanço da cepa Ômicron nos EUA.
'Pressa é inimiga da perfeição': Queiroga explica lentidão do governo em planejar vacinação infantil
Nesta segunda-feira (20), o ministro do STF Ricardo Lewandowski prolongou até 5 de janeiro o prazo para o governo federal apresentar informações sobre a imunização de crianças de cinco a 11 anos. O ministro aceitou um recurso em que a Advocacia-Geral da União pedia a prorrogação do prazo. Enquanto isso, no mesmo dia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta espera documentos da Anvisa sobre a imunização de crianças. Segundo Queiroga, a Saúde não recebeu os pareceres técnicos ou o dossiê usado para a aprovação da vacina Pfizer em crianças. Ao explicar a lentidão do governo na decisão, ele disse que "a pressa é a inimiga da perfeição". A Anvisa rebateu as declarações do ministro, dizendo que apresentou os dados relevantes para a aprovação e transmitiu recomendações dos técnicos ao governo. Entretanto, sem dados de dois estados (AM e CE), o Brasil confirmou mais 67 mortes e 4.338 casos de COVID-19, totalizando 617.905 óbitos e 22.213.696 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
© Folhapress / Fátima Meira/Futura PressMinistro da Saúde, Marcelo Queiroga anuncia medidas no enfrentamento à COVID-19 no Ministério da Saúde em Brasília, 20 de dezembro de 2021
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga anuncia medidas no enfrentamento à COVID-19 no Ministério da Saúde em Brasília, 20 de dezembro de 2021
© Folhapress / Fátima Meira/Futura Press
Avaliação do trabalho do Congresso é a mais baixa na atual legislatura, mostra Datafolha
De acordo com uma pesquisa do Datafolha realizada recentemente, apenas 10% dos entrevistados aprovam a atuação do Congresso, considerando-a boa ou ótima, relata a Folha de São Paulo. O índice é o mais baixo na legislatura iniciada em 2019. Além disso, é três pontos percentuais menor que o último levantamento realizado no mês de setembro e equivale a menos de metade do observado no início do mandato dos atuais congressistas. 3.666 pessoas de 16 anos ou mais de 191 municípios participaram da pesquisa. Desde fevereiro, a Câmara está sob o comando de Arthur Lira e o Senado, de Rodrigo Pacheco. Desde esse mês, os parlamentares passaram por discussões sobre a PEC dos Precatórios, que prevê o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400, e também enfrentaram a decisão do STF de bloquear a execução do Orçamento federal manejado pela cúpula do Congresso.
© AP Photo / Eraldo PeresLenços brancos representando as pessoas que morreram da COVID-19 no Brasil, na frente do Congresso em Brasília, 18 de outubro de 2021
Lenços brancos representando as pessoas que morreram da COVID-19 no Brasil, na frente do Congresso em Brasília, 18 de outubro de 2021
© AP Photo / Eraldo Peres
China apoia propostas da Rússia sobre garantias de segurança
As propostas da Rússia à OTAN e Washington sobre as garantias de segurança ajudam a aumentar a confiança mútua entre os países e a reduzir o risco de conflitos, disse a chancelaria chinesa, nesta terça-feira (21). Em 17 de dezembro, o MRE russo divulgou um projeto de acordos entre a Rússia, os EUA e a OTAN a respeito das garantias de segurança. Os documentos já foram enviados a Washington e seus aliados. Um dos pontos das propostas indica que a OTAN deve fornecer garantias de não expansão no território ucraniano. O vice-chanceler russo Sergei Ryabkov anunciou que, se a OTAN e os Estados Unidos não responderem às demandas russas, isso pode levar a uma nova confrontação. "A China acredita que, na atual conjuntura, as propostas russas respeitam as normas básicas das relações internacionais, contribuem para aumentar a confiança mútua entre os países, reduzem o risco de conflitos, defendem a estabilidade estratégica global e regional", segundo o ministério. Adicionalmente, Pequim afirma se opor veementemente à implantação de mísseis terrestres de médio alcance dos EUA na região da Ásia-Pacífico e na Europa.
© REUTERS / CARLOS GARCIA RAWLINSPresidente russo, Vladimir Putin, em uma tela gigante em um centro comercial em Pequim, falando em um encontro virtual entre ele e o presidente chinês, Xi Jinping, 15 de dezembro de 2021
Presidente russo, Vladimir Putin, em uma tela gigante em um centro comercial em Pequim, falando em um encontro virtual entre ele e o presidente chinês, Xi Jinping, 15 de dezembro de 2021
© REUTERS / CARLOS GARCIA RAWLINS
Ômicron vira cepa dominante da COVID-19 nos Estados Unidos
Enquanto o Rio de Janeiro registrou o primeiro caso da nova variante do SARS-CoV-2 (uma brasileira de 27 anos residente em Chicago que chegou ao Brasil em 13 de dezembro), a Ômicron virou a cepa dominante do coronavírus nos EUA. De acordo com o comunicado divulgado na segunda-feira (20) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), mais dos 73% dos infectados na semana passada apresentaram a referida variante. Os dados da entidade mostram que, em apenas uma semana, a taxa da cepa Ômicron se multiplicou por seis. Além do mais, os Estados Unidos registraram pela primeira vez a morte de um infectado pela nova mutação, informou o site ABC citando o sistema de Saúde do Texas. Segundo seus dados, o falecido é um homem de mais de 50 anos, que não estava imunizado e tinha graves problemas de saúde. Ante essa situação preocupante, o presidente norte-americano Joe Biden planeja fazer hoje (21) um discurso à nação sobre os assuntos relacionados à variante Ômicron, durante o qual revelará novos passos que sua administração está tomando em meio à propagação da nova cepa.
© AP Photo / Matt RourkeResidentes de Filadélfia aguardam na fila teste à COVID-19, EUA, 20 de dezembro de 2021
Residentes de Filadélfia aguardam na fila teste à COVID-19, EUA, 20 de dezembro de 2021
© AP Photo / Matt Rourke
EUA vão completar construção do muro na fronteira com México
O governo norte-americano vai finalizar uma parte do muro na fronteira sul com o México, proposto pelo ex-presidente Donald Trump e cuja construção foi suspensa por ordem do presidente Joe Biden em seu primeiro dia do mandato, anunciou ontem (20) o Departamento de Segurança Nacional. A medida deixou várias seções do muro por concluir assim que a construção foi suspensa, as quais são aproveitadas por imigrantes que atravessam a fronteira ilegalmente. "O Departamento de Defesa enviará os projetos inacabados, em várias etapas de conclusão, à Segurança Nacional para empreender as atividades necessárias a fim de resolver os problemas urgentes das condições de vida, segurança, meio ambiente e outras medidas de remediação necessárias para proteger as comunidades fronteiriças", segundo o comunicado. Além disso, revela que as atividades incluem fechar as partes do muro que permanecem abertas e terminar os acessos incompletos. As obras de construção vão ser completadas maioritariamente nos estados fronteiriços do Texas e Arizona, explica o texto.
© AP Photo / Eric GayManifestante segura bandeira com inscrição "Terminem o Muro" no Texas, EUA, 25 de setembro de 2021
Manifestante segura bandeira com inscrição "Terminem o Muro" no Texas, EUA, 25 de setembro de 2021
© AP Photo / Eric Gay
Sullivan planeja visitar Israel e Cisjordânia nesta semana para discutir Irã, entre outros assuntos
O assessor da Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, fará uma viagem a Israel e à Cisjordânia nesta semana para se reunir com altas personalidades oficiais e discutir uma variedade de assuntos, inclusive a segurança regional e o Irã, informou a Casa Branca nesta segunda-feira (20). "Em Israel, Sullivan vai se reunir com o primeiro-ministro Naftali Bennett e altos funcionários do governo israelense para reafirmar o compromisso dos EUA com a segurança de Israel e consultar sobre uma série de questões de importância estratégica para as relações bilaterais EUA-Israel, inclusive a ameaça proveniente do Irã". Sullivan será acompanhado pelo coordenador adjunto do presidente para o Oriente Médio e o Norte da África, Brett McGurk, e o secretário adjunto interino para os Assuntos do Oriente Médio do Departamento de Estado, Yael Lempert, detalha o comunicado. Sullivan terá um encontro com o presidente da Autoridade Nacional da Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah, para discutir os esforços em curso a fim de promover a paz e a segurança para palestinos e israelenses, diz o texto.