Peixe raro 'com patas' é detectado pela 1ª vez em 22 anos ao largo da costa da Tasmânia (FOTO)
06:27 25.12.2021 (atualizado: 08:15 25.12.2021)
CC BY 2.0 / Kenneth Lu / Aquário de vida marinha em Melbourne, Austrália
CC BY 2.0 / Kenneth Lu /
Nos siga no
Um peixo rosado "com patas" foi observado pela primeira vez em mais de duas décadas no parque marinho Tasman Fracture, no estado insular australiano da Tasmânia.
Trata-se do Brachiopsilus Dianthus, um animal marinho com cerca de 15 cm de comprimento, que tinha sido visto pela última vez há 22 anos por um mergulhador.
Por não ter sido detectado durante tanto tempo, a espécie foi catalogada como estando em perigo de extinção pelo governo da Tasmânia, segundo informou nesta semana o Departamento de Agricultura e Meio Ambiente do país.
O peixe foi identificado no âmbito de uma recente pesquisa da Universidade da Tasmânia e da organização ambientalista Parks Australia no parque marinho, que se caracteriza por ter uma fissura na crosta terrestre que facilita a proliferação de vida marinha a mais de 4.000 metros de profundidade.
Os especialistras instalaram uma câmera com isca para chamar a atenção dos peixes e de outros animais.
Embora o estudo tenha sido realizado em fevereiro e março, a descoberta do peixe com patas só ocorreu em outubro, quanto uma coloboradora estava revendo o conteúdo gravado.
The ultra rare pink handfish which is native only to Australia has been spotted for the first time in 22 years off the Tasmanian coast.
— Weird Animals (@Weird_AnimaIs) December 24, 2021
(Photo Karen Gowlett-Holmes) pic.twitter.com/z3twPtv4DP
O raríssimo peixe rosado com mãos, nativo apenas da Austrália, foi visto pela primera vez em 22 anos ao largo da costa sul da Tasmânia.
"Só foi avistado algumas vezes ao longo do século passado, por isso é uma espécie muito, muito rara e certamente se pensou que estava a caminho da extinção", disse Neville Barrett, do Instituto de Estudos Antárticos e Marinha da Universidade da Tasmânia, avança ABC News.
O Brachiopsilus Dianthus foi visto a 120 metros de profundidade, o que demonstra que esta espécie não habita só as águas pouco profundas, como se acreditava até agora.
"Sempre se acreditou que era uma espécie de águas rasas e que gostava de águas bastante abrigadas, mas aqui encontramo-lo na costa sul em águas muito mais profundas", comentou o especialista .