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Atual administração dos EUA tem responsabilidade pela morte de Soleimani, diz Irã

© REUTERS / Saba KareemApoiadores das Unidades de Mobilização Popular (PMU, na sigla em inglês) do Iraque se reúnem para celebrar segundo aniversário da morte de Qassem Soleimani, general morto por ataque de drone dos EUA em 3 de janeiro de 2020, em ação realizada em Bagdá, Iraque, 1º de janeiro de 2022
Apoiadores das Unidades de Mobilização Popular (PMU, na sigla em inglês) do Iraque se reúnem para celebrar segundo aniversário da morte de Qassem Soleimani, general morto por ataque de drone dos EUA em 3 de janeiro de 2020, em ação realizada em Bagdá, Iraque, 1º de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.01.2022
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Na véspera do segundo aniversário do assassinato de Qassem Soleimani, general de topo do Irã, Teerã afirma que está tomando medidas para promover a responsabilização de seus assassinos.
A Casa Branca é responsável pelo assassinato de Qassem Soleimani, general da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), declarou o Ministério das Relações Exteriores do Irã.

"Sem dúvida que o ato criminoso dos EUA de martirizar o general Soleimani é uma manifestação clara de um 'ataque terrorista' que foi orquestrado e realizado em uma maneira organizada pelo então governo dos EUA, pelo qual a atual Casa Branca é agora responsável", comentou a chancelaria, citada na sexta-feira (31) pela agência iraniana Tasnim.

Teerã citou padrões legais globais para defender que os EUA têm "responsabilidade internacional definitiva" pela morte de Soleimani, e alerta que adotou várias medidas para combater o que descreveu ser "impunidade de criminosos", e para responsabilizar os assassinos através de tribunais.
"Estas medidas foram tomadas nas dimensões política, legal, internacional e de diplomacia pública. Neste aspecto, foram feitos esforços especiais nas arenas estrangeira e internacional para evitar a distorção da verdade pelos Estados Unidos e sua manipulação da situação", detalhou o Ministério das Relações Exteriores.
A Tasnim também informou de uma ação de protesto de sexta-feira (31) em Bagdá, junto da Zona Verde, que tem a embaixada dos EUA, onde um grupo de manifestantes ergueu um modelo do prédio e o pintou de graffiti, antes de o acender, agitar bandeiras do Iraque e gritando o slogan "Seu tempo já acabou", aparentemente em direção aos militares dos EUA.
Grande xingamento da resistência iraquiana: ficam junto da embaixada dos EUA em Bagdá gritando sobre a vingança que vão fazer assim que terminar o prazo para as tropas dos EUA saírem, ao mesmo tempo que queimam uma réplica da embaixada
A manifestação, que condenou igualmente a morte de Abu Mahdi al-Muhandis, comandante das Unidades de Mobilização Popular (PMU, na sigla em inglês) do Iraque, foi convocada pelas PMU, que têm 128.000 militares, e foi criada em 2014 para combater o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). Ela recebeu ajuda de Soleimani quando ele ainda estava vivo.
Qassem Soleimani foi morto em 3 de janeiro de 2020 por um ataque de drone norte-americano quando se preparava para sair do Aeroporto Internacional de Bagdá, Iraque. O oficial chegou ao Iraque nesse dia para entregar uma nota diplomática à Arábia Saudita, com mediação de Bagdá.
Em resposta, o Irã atacou duas base militares dos EUA no Iraque. Não houve mortes, mas vários soldados norte-americanos teriam recebido ferimentos cerebrais graves devido às explosões. Teerã insiste que ainda não vingou a morte de Soleimani.
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