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Bruxelas garante que fará tudo para ter voz na discussão de segurança coletiva da Europa

© REUTERS / Maksim LevinJosep Borrell, alto representante da política externa da União Europeia, e Dmitry Kuleba, ministro das Relações Exteriores ucraniano, visitam ponto de controle em Stanytsia Luhanska, região de Lukhansk, Ucrânia, 5 de janeiro de 2022
Josep Borrell, alto representante da política externa da União Europeia, e Dmitry Kuleba, ministro das Relações Exteriores ucraniano, visitam ponto de controle em Stanytsia Luhanska, região de Lukhansk, Ucrânia, 5 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 05.01.2022
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Segundo Josep Borrell, chefe da política externa da União Europeia (UE), e Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha, nenhuma discussão entre os EUA e a Rússia sobre a Europa pode ser feita sem a UE.
A Europa tem de fazer parte das decisões que afetam a segurança do continente, declarou na quarta-feira (5) Josep Borrell, chefe da política externa da União Europeia (UE).

"Não há só dois atores. Não são só os EUA e a Rússia. Se querem falar sobre segurança na Europa, os europeus têm de estar sentados à mesa", disse Borrell durante uma visita à Ucrânia, citado pela agência norte-americana Associated Press.

Depois de várias discussões presenciais e remotas entre Vladimir Putin e Joe Biden, presidentes da Rússia e dos EUA, respectivamente, sobre as negociações entre a OTAN e a Rússia planejadas para a próxima quarta-feira (12), e que não incluem a UE, o representante europeu advertiu que isso tem de mudar.
"Se a Rússia realmente quer falar sobre a segurança na Europa, então os europeus devem fazer parte dela", apontou.
"Vamos discutir a forma com que vamos ter voz nessas discussões através de coordenação com os EUA, e possivelmente com os russos. Gostem ou não, vão ter de falar conosco. Tenham a certeza disso."
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Também na quarta-feira (5), Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha, comunicou o mesmo sentimento.
"Me permita deixar claro neste momento que não pode haver uma decisão sobre a segurança na Europa sem a Europa", afirmou ela em uma coletiva de imprensa com Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, que discutiu as tensões no leste da Europa. A ministra também explicou que Berlim tem uma posição diferente dos EUA sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.
O representante dos EUA concordou com essa posição, prevendo que vai haver "não simplesmente coordenação total, consultas completas, mas também participação", e referiu que Washington continuará fornecendo ajuda militar à Ucrânia nos próximos meses, podendo até aumentar os valores além do acordado originalmente.
Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, por sua vez, assegurou que os países europeus farão parte de qualquer acordo feito com a Rússia.
"Não vamos falar por cima das cabeças de nossos aliados e parceiros europeus. Durante isto tudo seguirá sendo verdade que não faremos ou diremos nada sobre eles sem eles no que toca aos nossos aliados da OTAN e nossos parceiros europeus", segundo ele.
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