Venezuela rechaça 'nova intenção intervencionista' dos EUA após reconhecerem Guaidó
14:59 05.01.2022 (atualizado: 09:51 08.01.2022)
© Sputnik / Aleksei KudenkoFélix Plasencia, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, durante coletiva de imprensa com seu homólogo russo Sergei Lavrov (fora da foto) em Moscou, Rússia
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Caracas condenou a "política fracassada e reincidente dos Estados Unidos" contra a Venezuela, que "afeta de maneira criminosa a soberania do país".
Félix Plasencia, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, repudiou na quarta-feira (5) a decisão dos EUA de reconhecer o ex-deputado Juan Guaidó como presidente interino do país sul-americano.
#Comunicado || Venezuela rechaza nuevo intento intervencionista por parte del gobierno de EEUU en clara violación al derecho internacional #05ENE pic.twitter.com/FitwMeP60L
— Felix Plasencia (@PlasenciaFelix) January 5, 2022
Comunicado: Venezuela rechaça nova intenção intervencionista por parte do governo dos EUA, em clara violação da lei internacional
"O governo da República Bolivariana da Venezuela rechaça mais uma vez a intenção intervencionista dos Estados Unidos de reconhecerem supostas autoridades, em clara violação da lei internacional, da Constituição [venezuelana] e da ordem democrática estabelecida no país por vontade soberana do povo venezuelano", indica o comunicado oficial.
A chancelaria da Venezuela diz que o Departamento de Estado dos EUA procura legitimar o funcionamento de um "grupo criminoso transnacional" que quer roubar os recursos do país.
"Este novo esforço faz parte de uma política fracassada e reincidente dos Estados Unidos, que afeta de maneira criminosa a soberania do país e procura pôr em risco a sua paz e estabilidade", afirma, condenando a administração do presidente norte-americano Joe Biden por continuar uma "perseguição econômica e diplomática".
Caracas também considerou contraditório o apelo ao diálogo de Washington sobre a questão, devido a isso acontecer pouco depois de extraditar e julgar Alex Saab, empresário colombiano credenciado como diplomata da Venezuela.
Os EUA reconheceram como legítimo na terça-feira (4) um suposto governo interino venezuelano chefiado por Guaidó, e instaram Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, a retomar o diálogo político no México, que está suspenso desde outubro de 2021.