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Governo Alberto Fernández diz que Argentina não vai fazer ajustes nem deixar de pagar dívida com FMI
Governo Alberto Fernández diz que Argentina não vai fazer ajustes nem deixar de pagar dívida com FMI
Sputnik Brasil
O presidente da Argentina prometeu que não vai aplicar um ajuste nos gastos públicos que tenha consequências sociais para honrar com os compromissos com órgão... 06.01.2022, Sputnik Brasil
2022-01-06T15:06-0300
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A porta-voz do governo argentino, Gabriela Cerruti, disse nesta quinta-feira (6) em entrevista coletiva que o país sul-americano "não vai entrar em 'default' [inadimplência]" com o Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto o governo peronista protagoniza uma difícil renegociação para pagar o empréstimo contraído sob a gestão de Mauricio Macri, no valor de quase US$ 45 bilhões (aproximadamente R$ 257 bilhões). Atualmente, as negociações com o FMI passam por um momento crucial, em que se debate, entre outras coisas, o grande déficit fiscal que a nação latino-americana está arrastando. "Que o Fundo Monetário entenda que temos que crescer, que temos que fortalecer a situação interna e a economia argentina para depois poder pagar e fazer frente a essa dívida, que nosso governo não contraiu, mas que tentará resolver", enfatizou Cerutti. Nas últimas horas, o ministro da Economia, Martín Guzmán, revelou que agora a principal discrepância com a instituição financeira "é a trajetória fiscal que a Argentina propõe para reduzir o déficit gradativamente, de forma virtuosa com um maior crescimento da atividade econômica". Dessa forma, entende-se que o FMI estaria exigindo um ajuste nas contas locais, apesar do complexo contexto social que o país enfrenta. 'Ajuste', a palavra proibida Após expor a posição do Executivo aos governadores, Alberto Fernández elucidou na quarta-feira (5), que "para nós, não é possível chegar à ideia de uma dívida sustentável que se baseie em motivos de ajuste. Para nós, ajustar a economia é encolher, parar de crescer e tornar mais difíceis as obrigações que temos com os credores externos. Portanto, a palavra ajuste está banida da discussão, e para nós o segredo é crescer". Na reunião realizada no Museu do Bicentenário da Casa Rosada – sede do governo – a administração Fernández procurou dar uma mensagem de unidade ao FMI, que inclui todos os blocos políticos. No entanto, a ausência do prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, adversário do governo nacional e possível candidato à presidência em 2023, gerou inquietação. "Rodríguez Larreta privilegia sua posição dentro do interno Juntos por el Cambio [partido semelhante ao macrismo] antes dos interesses dos argentinos", atacou a porta-voz. Neste contexto, a partir das 11h30 (mesmo horário de Brasília) o risco-país ultrapassou 1.800 pontos e os títulos argentinos caíram mais de 2% em média. Por enquanto, a Argentina está cumprindo os pagamentos estipulados com o FMI, apesar de o partido no poder já ter denunciado que o endividamento violava a Constituição por não ter sido discutido no Congresso anteriormente.
https://noticiabrasil.net.br/20220104/nao-ha-lugar-para-colonialismos-no-seculo-xxi-argentina-lanca-programa-sobre-ilhas-malvinas-20913652.html
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Governo Alberto Fernández diz que Argentina não vai fazer ajustes nem deixar de pagar dívida com FMI
O presidente da Argentina prometeu que não vai aplicar um ajuste nos gastos públicos que tenha consequências sociais para honrar com os compromissos com órgão internacional.
A porta-voz do governo argentino, Gabriela Cerruti, disse nesta quinta-feira (6) em entrevista coletiva que o país sul-americano "não vai entrar em 'default' [inadimplência]" com o Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto o governo peronista protagoniza uma difícil renegociação para pagar o empréstimo contraído sob a gestão de
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quase US$ 45 bilhões (aproximadamente R$ 257 bilhões).
Atualmente, as negociações com o FMI passam por um momento crucial, em que se debate, entre outras coisas, o grande déficit fiscal que a nação latino-americana está arrastando. "Que o Fundo Monetário entenda que temos que crescer, que temos que fortalecer a situação interna e a economia argentina para depois poder pagar e fazer frente a essa dívida, que nosso governo não contraiu, mas que tentará resolver", enfatizou Cerutti.
Nas últimas horas, o ministro da Economia, Martín Guzmán, revelou que agora a principal discrepância com a instituição financeira "é a trajetória fiscal que a Argentina propõe para reduzir o déficit gradativamente, de forma virtuosa com um maior crescimento da atividade econômica".
Dessa forma, entende-se que o FMI estaria exigindo um ajuste nas contas locais, apesar do
complexo contexto social que o país enfrenta.
'Ajuste', a palavra proibida
Após expor a posição do Executivo aos governadores, Alberto Fernández elucidou na quarta-feira (5), que "para nós, não é possível chegar à
ideia de uma dívida sustentável que se baseie em motivos de ajuste. Para nós, ajustar
a economia é encolher, parar de crescer e tornar mais difíceis as obrigações que temos com os credores externos. Portanto, a palavra ajuste está banida da discussão, e para nós
o segredo é crescer".
Na reunião realizada no Museu do Bicentenário da Casa Rosada – sede do governo – a administração Fernández procurou dar uma mensagem de unidade ao FMI, que inclui todos os blocos políticos.
No entanto, a ausência do prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, adversário do governo nacional e possível candidato à presidência em 2023, gerou inquietação. "Rodríguez Larreta privilegia sua posição dentro do interno Juntos por el Cambio [partido semelhante ao macrismo] antes dos interesses dos argentinos", atacou a porta-voz.
Neste contexto, a partir das 11h30 (mesmo horário de Brasília) o risco-país ultrapassou 1.800 pontos e os títulos argentinos caíram mais de 2% em média. Por enquanto, a Argentina está cumprindo os pagamentos estipulados com o FMI, apesar de o partido no poder já ter denunciado que o endividamento violava a Constituição por não ter sido discutido no Congresso anteriormente.