Nova CPI à vista: PT quer abrir comissão para investigar ataque hacker que apagou dados da Saúde
17:47 10.01.2022 (atualizado: 06:21 11.01.2022)
© Folhapress / Roberto CasimiroGleisi Hoffmann, (PT) presidente do PT, participa do Natal dos Catadores na Quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo, 22 de dezembro de 2021
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Ataque ao SUS em dezembro do ano passado apagou diversos dados sobre a pandemia no país que dificultaram o monitoramento da COVID-19 no Brasil.
De acordo com o portal UOL, o PT quer abrir uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para apurar o ataque hacker que apagou os dados da Saúde em relação à COVID-19 em meados de dezembro.
A coleta de assinaturas será liderada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, pelo líder da sigla no Senado, deputado Reginaldo Lopes (MG) e pelo deputado Alexandre Padilha (SP), segundo a mídia.
"O Brasil precisa saber quem foram os responsáveis pelo apagão de dados e se informações sobre vacinação, internações e indicadores de gestão foram comprometidas. Nós do PT queremos uma CPI para investigar o apagão no Ministério da Saúde!", disse o deputado Reginaldo Lopes.
No dia 10 de dezembro do ano passado, o site do Ministério da Saúde foi alvo de um ataque hacker que resultou na queda de alguns sistemas, como e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e ConecteSUS (aplicativo que fornece comprovante de vacinação).
A instabilidade das plataformas persistiu ao menos até o fim do ano e dificultou o monitoramento da pandemia.
© Folhapress / Aloisio MauricioNo final de dezembro, o aplicativo do ConecteSUS, do Ministério da Saúde, foi atualizado, mas ainda apresentava instabilidades
No final de dezembro, o aplicativo do ConecteSUS, do Ministério da Saúde, foi atualizado, mas ainda apresentava instabilidades
© Folhapress / Aloisio Mauricio
Segundo Marcelo Branquinho, CEO da TI Safe, entrevistado pela Sputnik Brasil, há preocupação com os portais do governo do Brasil, pois, de acordo com o especialista, esses ataques estão crescendo, e "nós não estamos preparados para evitá-los".
"A maioria das empresas de infraestrutura crítica no Brasil não estão preparadas para evitar os danos de um ransomware [software de extorsão que exige resgate]. As empresas de energia estão investindo em cibersegurança, mas a grande maioria do resto não", afirmou.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que as plataformas para registros de infectados e vacinados foram restabelecidos na última semana de dezembro, possibilitando a inclusão de dados por estados e municípios. Entretanto, alguns sistemas continuam instáveis hoje (10), de acordo com o UOL.