Trabalhador da saúde segura seringa em ponto de vacinação contra a COVID-19 em loja de departamentos GUM de Moscou, Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
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Ministério da Saúde deixou R$ 693,6 milhões parados após deter por 4 meses rescisão da Sputnik V

© Folhapress / Antonio MolinaO Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o Ministro interino das Relações Exteriores, 20 de dezembro de 2021
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o Ministro interino das Relações Exteriores, 20 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 12.01.2022
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Pasta tinha sido advertida a rescindir contratado da compra do imunizante em agosto, mas só tomou providência em dezembro. Dinheiro poderia ter sido usado para compra de outras vacinas, mas ficou parado e não se sabe se nota de empenho foi cancelada.
De acordo com a Folha de São Paulo, o Ministério da Saúde segurou por mais de quatro meses a rescisão do contrato assinado para a compra de dez milhões de doses da vacina russa Sputnik V.
A compra foi feita sob a gestão do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que emitiu uma nota de empenho de R$ 693,6 milhões para pagar pelas doses do imunizante, que nunca chegaram.
O dinheiro, que poderia ser usado na compra de outras vacinas, ficou parado desde então.
A mídia relata que o ministério não respondeu se a nota de empenho foi cancelada, que uso será dado ao dinheiro e por que houve uma espera de mais de quatro meses para a anulação do contrato de compra do imunizante russo.
Em um documento visto pela Folha, foi identificado um parecer da área técnica da pasta recomendando a rescisão do contrato em 3 de agosto de 2021, entretanto, tal ação só foi feita dia 14 de dezembro, quando o ministério já estava sob a administração de Marcelo Queiroga.
Fachada de prédio do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em 16 de março de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 13.07.2021
Notícias do Brasil
Saúde do Brasil tentou comprar Sputnik V nos mesmos moldes da Covaxin, indica carta enviada ao RFPI
O documento leva a assinatura do Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros.
Na época que a rescisão foi sugerida, o governo enfrentava acusações de corrupção na compra de outra vacina, a indiana Covaxin, intermediada pela Precisa Medicamentos.
Tanto o contrato da Covaxin quanto o da Sputnik V foram negociados e efetivados pelo coronel do Exército Elcio Franco Filho, secretário-executivo do Ministério da Saúde e braço direito de Pazuello, segundo a mídia.
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