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Misteriosa bolha é origem de todas estrelas jovens próximas à Terra, indica estudo (VÍDEO)

© Foto / Leah Hustak (STScI)Pesquisadores desenvolveram uma animação do espaço-tempo em 3D, que "pela primeira vez" explica como começou a formação das estrelas localizadas em um raio de 500 anos-luz de nosso planeta
Pesquisadores desenvolveram uma animação do espaço-tempo em 3D, que pela primeira vez explica como começou a formação das estrelas localizadas em um raio de 500 anos-luz de nosso planeta - Sputnik Brasil, 1920, 13.01.2022
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Pesquisadores desenvolveram uma animação do espaço-tempo em 3D, que "pela primeira vez" explica como começou a formação das estrelas localizadas em um raio de 500 anos-luz de nosso planeta.
Uma equipe de astrônomos reconstruiu a história evolutiva de nossa vizinhança galáctica, mostrando como uma cadeia de acontecimentos, que começou há 14 milhões de anos, conduziu à criação de uma gigantesca bolha, responsável pela formação de todas as estrelas jovens próximas à Terra.
A equipe, liderada pelos cientistas do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (CfA) e do Instituto Científico do Telescópio Espacial (STScI), criou uma animação do espaço-tempo em 3D, que revela que todas as estrelas jovens e as regiões de formação estelar em um raio de 500 anos-luz de nosso planeta se encontram na superfície de uma bolha de aproximadamente 1.000 anos-luz de diâmetro, conhecida como "Bolha Local".

"Pela primeira vez, podemos explicar como começou a formação das estrelas próximas", afirmou Catherine Zucker, uma das autoras do estudo, publicado na revista Nature.

O modelo, que é baseado em um conjunto de novos dados do observatório espacial Gaia da Agência Espacial Europeia, mostra como uma série de supernovas, que eclodiram pela primeira vez há 14 milhões de anos, empurraram o gás interestelar para o exterior, criando uma estrutura em forma de bolha com uma superfície adequada para a formação das estrelas.
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Atualmente, na superfície da bolha se estabelecem sete regiões de formação estelar conhecidas ou nuvens moleculares (regiões densas no espaço onde as estrelas podem se formar).
"Calculamos que aproximadamente 15 supernovas explodiram ao longo dos milhões de anos para formar a Bolha Local que vemos hoje", observou Zucker.
De acordo com os astrônomos, a bolha de forma estranha, que foi descoberta nas décadas de 1970 e 1980, não está inativa e segue crescendo lentamente.
"Está avançando a aproximadamente seis quilômetros por segundo [...] No entanto, perdeu a maior parte de seu empuxo e se estabilizou em termos de velocidade", afirmou a pesquisadora.
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Para a cientista, nossa galáxia é como um queijo suíço com muitos "buracos", que são expulsos pelas supernovas, com novas estrelas podendo ser formadas ao redor dos buracos criados pelas estrelas moribundas.
Os astrônomos planejam cartografar mais bolhas interestelares para obter uma visão completa em 3D de suas localizações, formas e tamanhos.
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