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Países pobres rejeitaram mais de 100 milhões de vacinas contra a COVID-19 em dezembro, diz Unicef

© AP Photo / Jerome DelayCientistas sul-africanos, em Durban, trabalham na análise da variante Ômicron do SARS-CoV-2, em 15 de dezembro de 2021
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Em dezembro de 2021, os países menos desenvolvidos inseridos no programa COVAX Facility rejeitaram mais de 100 milhões de vacinas contra a COVID-19, principalmente devido ao curto prazo de validade das doses.
A informação foi revelada ​​ao Parlamento europeu, nesta quinta-feira (13), por Etleva Kadilli, diretora da divisão de suprimentos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), noticiou a agência Reuters.
Procurado pela agência de notícias Reuters, o Unicef não informou quantas doses já foram recusadas desde o início da distribuição do COVAX, iniciativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de outras entidades para comprar e doar vacinas aos países mais pobres.
O programa já entregou 989 milhões de doses para 144 países até o momento. Porém, 681 milhões dos imunizantes ainda não foram utilizados em cerca de 90 deles, segundo informou o Unicef.
Nas nações menos desenvolvidas, menos de 10% da população recebeu ao menos uma dose e menos de 5% completaram o esquema vacinal.
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Segundo Kadilli, além do prazo de validade, muitos países também adiaram o recebimento de vacinas por não possuírem instalações de armazenamento suficientes, incluindo a falta de geladeiras.

"Temos países que estão empurrando [o recebimento das] doses atualmente disponíveis para o segundo trimestre de 2022", disse a diretora do Unicef.

Em contraste, nos países mais ricos, mais de 76% das pessoas já receberam ao menos uma dose e mais de 70% estão totalmente imunizados, conforme dados do Our World in Data.
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