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Cientistas identificam obstáculo significativo para viagens tripuladas no espaço de longa duração
Cientistas identificam obstáculo significativo para viagens tripuladas no espaço de longa duração
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Equipe de cientistas identificou um aumento expressivo no número de glóbulos vermelhos destruídos durante missões espaciais de longa duração. 15.01.2022, Sputnik Brasil
2022-01-15T21:11-0300
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Na Terra, nossos corpos criam e destroem dois milhões de glóbulos vermelhos a cada segundo. Em um novo estudo publicado neste sábado (15) na revista Nature Medicine, uma equipe de cientistas do Instituto de Pesquisa Hospitalar de Ottawa e da Universidade de Ottawa descobriu que os astronautas estavam destruindo 54% mais glóbulos vermelhos durante suas missões de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional, o equivalente a três milhões a cada segundo. "Nosso estudo mostra que, ao chegar ao espaço, mais glóbulos vermelhos são destruídos, e isso continua por toda a duração da missão do astronauta." De acordo com a SciNews, antes do novo estudo, pensava-se que a anemia espacial era apenas uma fase de adaptação de curta duração dos fluidos que se deslocavam para a parte superior do corpo do astronauta quando chegavam ao espaço. Os autores descobriram que a destruição dos glóbulos vermelhos é um efeito primário de estar no espaço, não apenas causado por mudanças de fluidos. Eles foram capazes de demonstrar o fato analisando 14 astronautas durante suas missões espaciais de seis meses. "Felizmente, ter menos glóbulos vermelhos no espaço não é um problema quando seu corpo não tem peso", disse o professor Trudel. "Mas ao pousar na Terra e potencialmente em outros planetas ou luas, a anemia afetando sua energia, resistência e força pode ameaçar os objetivos da missão." Segundo o professor, no entanto, os efeitos da anemia só são sentidos quando o astronauta aterriza e precisa lidar com a gravidade novamente. No estudo, cinco dos 13 astronautas estavam clinicamente anêmicos quando pousaram – um dos 14 astronautas não teve sangue coletado no pouso. Os pesquisadores viram que a anemia relacionada ao espaço, porém, era reversível, com os níveis de glóbulos vermelhos voltando progressivamente ao normal de três a quatro meses após seu retorno à Terra. Curiosamente, eles repetiram as mesmas medições um ano depois que os astronautas retornaram à Terra e descobriram que a destruição de glóbulos vermelhos ainda estava 30% acima dos níveis pré-voo. Os resultados sugerem que mudanças estruturais podem ter acontecido nas estrutura física do astronauta enquanto ele estava no espaço, alterando o controle dos glóbulos vermelhos por até um ano após missões espaciais de longa duração.
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Cientistas identificam obstáculo significativo para viagens tripuladas no espaço de longa duração
Equipe de cientistas identificou um aumento expressivo no número de glóbulos vermelhos destruídos durante missões espaciais de longa duração.
Na Terra, nossos corpos criam e destroem dois milhões de glóbulos vermelhos a cada segundo. Em um novo estudo publicado neste sábado (15)
na revista Nature Medicine, uma equipe de cientistas do Instituto de Pesquisa Hospitalar de Ottawa e da Universidade de Ottawa descobriu que os astronautas estavam
destruindo 54% mais glóbulos vermelhos durante suas missões de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional, o equivalente a três milhões a cada segundo.
"A anemia espacial foi consistentemente relatada quando os astronautas retornaram à Terra desde as primeiras missões espaciais, mas não sabíamos por quê", disse o professor, médico de reabilitação e pesquisador do Instituto de Pesquisa do Hospital de Ottawa e da Universidade de Ottawa, Guy Trudel.
"Nosso estudo mostra que, ao chegar ao espaço, mais glóbulos vermelhos são destruídos, e isso continua por toda a duração da missão do astronauta."
De acordo com a SciNews, antes do novo estudo, pensava-se que a anemia espacial era apenas uma fase de adaptação de curta duração dos fluidos que se deslocavam para a parte superior do corpo do astronauta quando chegavam ao espaço.
Os autores descobriram que a destruição dos glóbulos vermelhos é um efeito primário de estar no espaço, não apenas causado por mudanças de fluidos. Eles foram capazes de demonstrar o fato analisando 14 astronautas durante suas missões espaciais de seis meses. "Felizmente, ter menos glóbulos vermelhos no espaço não é um problema quando seu corpo não tem peso", disse o professor Trudel.
"Mas ao pousar na Terra e potencialmente em outros planetas ou luas, a anemia afetando sua energia, resistência e força pode ameaçar os objetivos da missão."
13 de janeiro 2022, 13:07
Segundo o professor, no entanto, os efeitos da anemia só são sentidos quando o astronauta aterriza e precisa lidar com
a gravidade novamente.
No estudo, cinco dos 13 astronautas estavam clinicamente anêmicos quando pousaram – um dos 14 astronautas não teve sangue coletado no pouso.
Os pesquisadores viram que a anemia relacionada ao espaço, porém, era reversível, com os níveis de glóbulos vermelhos voltando progressivamente ao normal de três a quatro meses após seu retorno à Terra.
Curiosamente, eles repetiram as mesmas medições um ano depois que os astronautas retornaram à Terra e descobriram que a destruição de glóbulos vermelhos ainda estava 30% acima dos níveis pré-voo.
Os resultados sugerem que mudanças estruturais podem ter acontecido nas estrutura física do astronauta enquanto ele estava
no espaço, alterando o controle dos glóbulos vermelhos por até um ano após missões espaciais de longa duração.
"Se pudermos descobrir exatamente o que está causando essa anemia, há potencial para tratá-la ou preveni-la, tanto para astronautas quanto para pacientes aqui na Terra", disse o professor Trudel.