Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta segunda-feira, 17 de janeiro
06:00 17.01.2022 (atualizado: 06:49 17.01.2022)
© AP Photo / Alexander Turnbull
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Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta segunda-feira (17), marcada pelo novo lançamento de mísseis por Pyongyang, por detenções na sequência do sequestro na sinagoga no Texas e pelos anúncios do banqueiro fugitivo sobre os acontecimentos no Cazaquistão.
Pedido de prisão contra William Bonner por incentivo à vacinação infantil é negado
Neste domingo (16), o Tribunal de Justiça no Distrito Federal rejeitou o pedido de prisão do jornalista William Bonner, da TV Globo, por incentivar a vacinação anti-COVID-19 em crianças e adolescentes. O pedido foi feito pelo bolsonarista e ex-candidato a deputado Wilson Issao Koressawa. O signatário da ação acusou Bonner de falar sobre os efeitos positivos da vacina no quadro de uma alegada organização criminosa, composta por repórteres da emissora, e pediu que o jornalista fosse proibido de incentivar a vacinação obrigatória infantil e a exigência de passaporte sanitário. A justiça classificou a ação de "delírios negacionistas". Entretanto, o Brasil confirmou mais 92 mortes e 31.629 casos de COVID-19, totalizando 621.099 óbitos e 23.006.952 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Sem avisar segurança, Bolsonaro deixa Alvorada para passear de moto
Na tarde deste domingo (16), o presidente Jair Bolsonaro saiu da residência oficial da Presidência para fazer um passeio de moto por Brasília. O presidente deixou a Alvorada por volta das 15h30 e retornou no fim da tarde. Os profissionais que monitoram as saídas e as chegadas do chefe do Executivo informaram que Bolsonaro não avisou sobre sua saída nem mesmo sua equipe de segurança, que tentou segui-lo depois disso. Durante o passeio, Bolsonaro andou de moto pela vila militar de Cavalaria de Guardas e tirou uma foto com um grupo de pessoas, todos sem máscaras de proteção. Ele retornou ao Palácio do Alvorada por volta das 18 horas, informa o Correio Braziliense.
Presidente Jair Bolsonaro em passeio de moto em São Francisco do Sul, 28 de dezembro de 2021
© Folhapress / Vilmar Bannach/Photo Press
Atacante de sinagoga no Texas era cidadão britânico; 2 presos no Reino Unido em conexão
A polícia britânica disse ter detido dois adolescentes durante a investigação do incidente na sinagoga Beth Israel na cidade de Colleyville, estado americano do Texas. De acordo com o comunicado deste domingo (16), a polícia britânica está cooperando com a investigação norte-americana. "Dois adolescentes foram detidos no sul de Manchester nesta tarde. Eles permanecem na prisão para serem questionados", especificou a polícia. Ontem (16), o FBI identificou o homem que fez quatro pessoas reféns, incluindo o rabino, na sinagoga. Trata-se de Malik Faisal Akram, cidadão britânico de 44 anos. O suspeito foi eliminado, enquanto todos os reféns foram liberados em segurança. O presidente norte-americano, Joe Biden, descreveu a situação como "um ato de terrorismo".
Policiais em frente da sinagoga Beth Israel em Colleyville, estado do Texas, EUA, 16 de janeiro de 2022
© AP Photo / Brandon Wade
OTAN não vai retirar suas tropas de volta para as fronteiras pré-1997, diz Stoltenberg
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que o bloco não vai retirar as tropas aliadas dos Estados-membros que se juntaram à OTAN desde 1997, após a Rússia ter pedido que a aliança revertesse a expansão. "É claro, não podemos concordar que não devemos ter tropas nos países que se juntaram à OTAN desde 1997. Na verdade, isso é metade de nossos membros", disse em entrevista ao CBN News neste domingo (16). Isso significaria ter uma OTAN de segunda classe de países não protegidos pela aliança, afirmou o secretário-geral, acrescentando que "nós nunca vamos implementar isso". "Mas estamos prontos para empreender medidas equilibradas e verificáveis para reduzir as armas nucleares e convencionais, esse tipo de coisas. Seria bom para a Rússia e bom para a OTAN", ressaltou.
Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, durante coletiva de imprensa antes da reunião com ministros da Defesa europeus, Brest, França, 12 de janeiro de 2022
© REUTERS / Fred Tanneau
Seul: Coreia do Norte lança 2 mísseis balísticos do aeroporto de Pyongyang
A Coreia do Norte teria realizado o lançamento de teste de dois mísseis balísticos de curto alcance na direção leste, a partir do aeroporto Sunan em Pyongyang, informou hoje (17) a agência sul-coreana Yonhap. Os projéteis foram disparados na manhã desta segunda-feira (17), segundo relatos do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul. "Atualmente, nossos militares estão rastreando e monitorando os movimentos relacionados [da Coreia do Norte] e mantêm o estado de prontidão", informou. A Guarda Costeira do Japão aconselhou os navios a não se aproximarem de objetos não identificados no mar. Após relatos do lançamento, Tóquio condenou esses testes por parte da Coreia do Norte, uma vez que eles representam uma ameaça não só para o Japão, mas para toda a comunidade internacional. De acordo com o governo japonês, não houve relatos de danos na sequência do lançamento.
Homem observa reportagem sobre lançamento de mísseis pela Coreia do Norte, na estação ferroviária de Seul, Coreia do Sul, 17 de janeiro de 2022
© AP Photo / Lee Jin-man
Banqueiro do Cazaquistão diz não ter incentivado protestos no país, mas sim exortado para sua expansão
O banqueiro cazaque fugitivo Mukhtar Ablyazov, que está atualmente na França, contou à Sputnik nesta segunda-feira (17) que não teve nada a ver com o início dos protestos no Cazaquistão em 2 de janeiro, mas admitiu ter exortado à expansão das manifestações em 3 e 4 de janeiro, quando as autoridades cazaques já tinham satisfeito todas as demandas dos manifestantes e reduzido os preços de gás liquefeito. "Vamos promover, organizar protestos pacíficos, vamos mobilizar as pessoas [...] Não de forma violenta com o uso de armas, [mas] pacificamente, de maneira como eu regularmente me manifesto", ressaltou. Além disso, ele também detalhou que o centro de coordenação das manifestações no país centroasiático se encontrava em Kiev. Ele explicou ainda que o centro recebia os telefonemas dos manifestantes, que eram então instruídos a agir de acordo com um certo "algoritmo" desenvolvido pela oposição. Ablyazov insistiu que os tumultos que levaram à morte de mais de 200 pessoas não foram uma tentativa de golpe de Estado.
