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Em dia de greve dos servidores, Mourão diz que não há espaço no orçamento para reajustes salariais

© Folhapress / Pedro LadeiraO presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão, participa de cerimônia de anúncio de avanços no programa Casa Verde Amarela, de habitação popular no Palácio do Planalto, 21 de setembro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão, participa de cerimônia de anúncio de avanços no programa Casa Verde Amarela, de habitação popular no Palácio do Planalto, 21 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 18.01.2022
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Segundo o vice-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro ainda não decidiu sobre reajuste para o funcionalismo.
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão rejeitou a possibilidade de reajustes salariais aos servidores, mesmo às categorias da segurança e da saúde.
Em nesta terça-feira (18) na porta de seu gabinete, o general lembrou que não há espaço orçamentário para atender o funcionalismo público. "Você sabe muito bem que não tem espaço no orçamento para isso, né?", afirmou.
A declaração foi feita no mesmo dia (18) em que servidores de mais de 40 categorias do governo federal fazem greve por reajuste salarial e reestruturação de carreiras, escreve o portal Metrópoles.
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Segundo Mourão, é improvável que o prometido aumento salarial aos servidores da segurança e saúde seja cumprido. "Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí".
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nos últimos dias que "o governo precisa ficar firme". Ele comparou os reajustes com Brumadinho: "Pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama", comentou.
O governo de Jair Bolsonaro vive uma intensa crise no funcionalismo público do país, após anunciar um reajuste salarial para policiais.
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022.
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Em meio às críticas, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste.
A promessa de Bolsonaro aos policiais gerou insatisfação. Funcionários da Receita Federal, por exemplo, estão em greve desde o fim de dezembro, com mais de 300 analistas tributários já tendo entregue seus cargos.
Diante da reação, aliados de Bolsonaro, como o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros considera a hipótese de não conceder aumento para nenhuma carreira do funcionalismo público.
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