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Presidente da Colômbia diz que diálogo com Venezuela seria 'prolongar agonia', Caracas responde

© AP Photo / Ariel SchalitO presidente da Colômbia, Iván Duque Marquez, fala à Associated Press em Tel Aviv, Israel, 9 de novembro de 2021
O presidente da Colômbia, Iván Duque Marquez, fala à Associated Press em Tel Aviv, Israel, 9 de novembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 18.01.2022
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O presidente da Colômbia, Iván Duque, assegurou em entrevista, no domingo (16), que retomar negociações com Venezuela seria "prolongar uma agonia".
O presidente da Colômbia, Iván Duque, assegurou em entrevista à agência EFE que a proposta norte-americana de retomar as negociações entre o governo da Venezuela e a oposição radical "é simplesmente prolongar uma agonia" porque, segundo ele, essas conversas "não têm fundamento ".
As declarações do presidente colombiano foram respondidas nesta segunda-feira (17) pelo chanceler venezuelano Félix Plasencia, que rejeitou o tom de Duque sobre as negociações com seu país.
Não é de surpreender que um político de sua laia, incapaz de respeitar o que foi acordado nos Acordos de Paz na Colômbia, se expresse dessa forma sobre os enormes esforços que todas as partes envolvidas vêm realizando em favor da promoção do consenso entre os venezuelanos
Para Plasencia, a beligerância do inquilino da Casa de Nariño deve-se a uma "obsessão compulsiva" pela Venezuela que "só pretende esconder os massacres, os deslocados e a tragédia humanitária que vive a Colômbia, um narco-Estado feito sob medida para o sr. Duke".
As conversas entre o governo e a oposição venezuelana foram retomadas em 2021, após um longo processo de negociações anteriores que os levaram a reunir no México como país neutro. As conversações tiveram como país mediador o Reino da Noruega e os Países Baixos e Rússia como assistentes do processo.
Esse processo, que conseguiu avançar em algumas questões, foi suspenso depois que a Justiça norte-americana extraditou o diplomata venezuelano Álex Saab, que havia sido nomeado por Caracas como membro titular da mesa de diálogo.
Para voltar às negociações, a Venezuela exigiu a liberdade de Saab, que foi detido e encarcerado em circunstâncias pouco claras no país africano de Cabo Verde, desde meados de 2020, a pedido dos EUA.
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