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Cientista planetário explica por que é necessário enviar uma missão 'urgente' para estudar Netuno
Cientista planetário explica por que é necessário enviar uma missão 'urgente' para estudar Netuno
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O cientista planetário bitânico Leigh Fletcher, da Universidade de Leicester, Reino Unido, disse em entrevista ao portal New Scientist que a humanidade precisa... 24.01.2022, Sputnik Brasil
2022-01-24T07:42-0300
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O pesquisador estuda as atmosferas, sistemas climáticos e clima dos planetas. Fletcher participou da missão científica da sonda Cassini, que analisou a atmosfera de Saturno, bem como da pesquisa das nuvens de Júpiter pela sonda Juno. Ele explicou ao portal como uma missão aos gigantes gelados ajudaria a revelar segredos sobre o passado do nosso Sistema Solar e nos ofereceria novos conhecimentos sobre os planetas espalhados na nossa galáxia. Eles podem não ter as mesmas condições. Mas precisamos entender nossos mundos gigantes de gelo antes de estudar a vasta população de planetas similares na galáxia. Um orbitador mediria a composição dos planetas para determinar por que são diferentes. Ambos os planetas têm complexos ambientes de campo magnético, ao contrário de qualquer outro objeto no Sistema Solar. Existe um sistema complexo, retorcido e em evolução e só temos dados da sonda Voyager 2 para o entender. Precisamos de estar em órbita, de observar como o ambiente do campo magnético muda ao longo de vários anos.Atualmente, a NASA está planejando sua estratégia para os próximos 10 anos. Daqui a pouco tempo vamos descobrir do que se trata. Se as decisões forem tomadas rapidamente, temos a chance de aproveitar ao máximo a posição de Júpiter e chegar aos gigantes gelados na década de 2040.
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Cientista planetário explica por que é necessário enviar uma missão 'urgente' para estudar Netuno
07:42 24.01.2022 (atualizado: 09:31 25.01.2022) O cientista planetário bitânico Leigh Fletcher, da Universidade de Leicester, Reino Unido, disse em entrevista ao portal New Scientist que a humanidade precisa urgentemente lançar uma missão para explorar Urano e Netuno.
O pesquisador estuda as atmosferas, sistemas climáticos e clima dos planetas. Fletcher participou da
missão científica da sonda Cassini, que analisou a atmosfera de Saturno, bem como da pesquisa das
nuvens de Júpiter pela sonda Juno.
Ele explicou ao
portal como uma missão aos gigantes gelados ajudaria a revelar segredos sobre o
passado do nosso Sistema Solar e nos ofereceria novos conhecimentos sobre os planetas espalhados na nossa galáxia.
"Os gigantes gelados são uma classe distinta de planetas. Eles são substancialmente menores do que os gigantes gasosos e substancialmente maiores do que os planetas rochosos, tal como a Terra, que temos no Sistema Solar. Assim, eles [Urano e Netuno] poderiam ser os representantes mais próximos dos chamados mini-Netunos – que são planetas de dimensões ligeiramente inferiores às de Netuno que parecem estar entre os tipos de planetas mais comuns no Universo", disse Fletcher.
Eles podem não ter as mesmas condições. Mas precisamos entender nossos mundos gigantes de gelo antes de estudar a vasta população de planetas similares na galáxia.
14 de janeiro 2022, 12:18
Segundo o pesquisador, Netuno é um mundo muito incomum. Ele emite duas vezes e meia mais energia do que recebe do Sol. Nenhum outro planeta tem uma fonte de energia interna tão poderosa. Isso faz com que na atmosfera de Netuno se formem muitas tempestades e nuvens. Mas Urano não tem nenhuma fonte de energia interna que possamos detectar.
Um orbitador mediria a composição dos planetas para determinar por que são diferentes.
Ambos os planetas têm complexos ambientes de
campo magnético, ao contrário de qualquer outro objeto no Sistema Solar. Existe um sistema complexo, retorcido e em evolução e
só temos dados da sonda Voyager 2 para o entender. Precisamos de estar em órbita, de observar como o ambiente do campo magnético muda ao longo de vários anos.
Atualmente, a NASA está planejando sua estratégia para os próximos 10 anos. Daqui a pouco tempo vamos descobrir do que se trata. Se as decisões forem tomadas rapidamente, temos a chance de aproveitar ao máximo a posição de Júpiter e chegar aos gigantes gelados na década de 2040.