Cientistas chineses apresentam o próximo passo da tecnologia de memória quântica

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Cientistas chineses afirmam estar muito perto de desenvolver uma máquina capaz de decifrar códigos, graças a um recente avanço na tecnologia de memória quântica.
A computação quântica é mais uma daquelas ferramentas que pode transformar o mundo nas próximas décadas. Atualmente, os computadores quânticos mais poderosos rodam com menos de 100 qubits, o que significa que estão limitados a tarefas simples, de pouco valor prático.
No entanto, uma equipe de pesquisadores da China revelou o projeto de um novo computador quântico que poderia quebrar um código usando consideravelmente menos qubits do que se pensava anteriormente.
A descoberta, se comprovada e revisada pela comunidade científica, pode ser histórica. Ao contrário dos computadores quânticos existentes, que esquecem um cálculo assim que é feito, este tem memória.
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Computadores quânticos podem quebrar uma mensagem criptografada em horas, mas precisam de dezenas de milhões de qubits (as informações quânticas transportadas por partículas subatômicas) para fazer o cálculo.
De acordo com o cientista Zhou Zongquan, sua equipe antecipou que o computador ainda precisaria de cerca de 10.000 qubits para a tarefa, mas, "do ponto de vista da engenharia, isso é muito mais fácil de alcançar".

"Nossos resultados experimentais sugerem que a ideia funciona", disse ele, segundo informações do South China Morning Post.

O dispositivo de memória é feito de um cristal que pode armazenar qubits por mais ou menos uma hora, e a ideia é que ele atualize as informações quânticas à medida que o cálculo avança.
Esta máquina seria capaz de lidar com cálculos complexos, como a fatoração de grandes números primos para descriptografia de dados, usando significativamente menos qubits do que um computador sem memória.
A tecnologia de memória quântica é desafiadora: quando o computador tenta ler ou escrever informações, ele aciona átomos no cristal de memória e gera uma tempestade de ruído de fundo.
Para contornar isso, Zhou e sua equipe dizem que desenvolveram uma tecnologia inovadora de controle de memória que permite separar eficientemente os qubits frágeis do caos atômico.
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Zhou observou que a tecnologia de memória quântica foi inicialmente desenvolvida para comunicação quântica em vez de computadores quânticos.
Em um exemplo apresentado por ele, cientistas chineses podem enviar qubits a uma distância recorde de 800 km através de fibra óptica. Porém, para ir mais longe, eles precisariam de memória quântica para retransmitir o sinal entre os locais.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando na tecnologia de memória quântica. Uma equipe francesa estimou que, com a ajuda deste tipo de memória, um computador quântico poderia quebrar um código de criptografia convencional em seis meses, usando cerca de 13.000 qubits.

"Acredito que um computador quântico decifrador de códigos será desenvolvido gradualmente, passo a passo", concluiu Zhou.

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