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Mudanças climáticas colocam 22.500 sítios arqueológicos em risco no Reino Unido, diz mídia
Mudanças climáticas colocam 22.500 sítios arqueológicos em risco no Reino Unido, diz mídia
Sputnik Brasil
Com o aumento da temperatura, especialistas observam que regiões úmidas do Reino Unido estão secando, o que prejudica a conservação de futuros achados... 25.01.2022, Sputnik Brasil
2022-01-25T10:03-0300
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De acordo com reportagem da BBC, cerca de 22.500 sítios arqueológicos estão em perigo. Aproximadamente 10% do território britânico é coberto por essas zonas úmidas, que são perfeitas para a preservação de artefatos antigos.O solo dessas regiões possui pouco oxigênio, o que ajuda a preservar materiais orgânicos, como roupas, objetos de couro e madeira. Caso o solo seque, todas as partes ainda não exploradas vão iniciar um processo acelerado de decomposição, decorrente do aumento da concentração de oxigênio.Um bom exemplo é a Muralha de Adriano, no norte da Inglaterra, próximo à fronteira com a Escócia. A construção foi feita entre os anos de 122 e 126 d.C., durante o Império Romano, e é uma região ainda pouco explorada, mas com muito potencial. Segundo o arqueólogo-chefe do sítio arqueológico, Andrew Birley, a região da muralha é uma "cápsula do tempo".Na mesma região, o forte de Vindolanda é outro local histórico que está em risco, segundo os especialistas. Neste sítio arqueológico já foram feitas descobertas impressionantes, como uma luva de boxe romana de couro em que é possível ver a marca dos nós dos dedos do pugilista.Em Vindolanda também foi encontrada a mais antiga carta do mundo escrita à mão por uma mulher. No bilhete, Claudia Severa, a esposa do comandante de um forte próximo, convida uma amiga para uma festa de aniversário no dia 11 de setembro, cerca de 1.900 anos atrás.A pesquisadora Gillian Taylor da Universidade de Teesside, na Inglaterra, está fazendo uma extensa análise do solo das zonas úmidas do Reino Unido.Outra pesquisa em andamento é a de Rosie Everett, da Universidade de Northumbria, na Inglaterra. A especialista acredita que o perigo também se estende para períodos ainda mais antigos, da Idade do Bronze e da Era Paleolítica.Everett explica que em um sítio arqueológico considerado "seco" é possível encontrar cerca de 10% do material que seria descoberto em uma zona úmida.
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Mudanças climáticas colocam 22.500 sítios arqueológicos em risco no Reino Unido, diz mídia
Com o aumento da temperatura, especialistas observam que regiões úmidas do Reino Unido estão secando, o que prejudica a conservação de futuros achados arqueológicos.
De acordo com
reportagem da BBC, cerca de
22.500 sítios arqueológicos estão em perigo. Aproximadamente 10% do território britânico é coberto por essas zonas úmidas, que são
perfeitas para a preservação de artefatos antigos.
O solo dessas regiões possui pouco oxigênio, o que ajuda a preservar materiais orgânicos, como roupas, objetos de couro e madeira. Caso o solo seque, todas as partes ainda não exploradas vão iniciar um processo acelerado de decomposição, decorrente do aumento da concentração de oxigênio.
Um bom exemplo é a
Muralha de Adriano, no norte da Inglaterra, próximo à fronteira com a Escócia. A construção foi feita entre os anos de 122 e 126 d.C.,
durante o Império Romano, e é uma região ainda pouco explorada, mas com muito potencial. Segundo o arqueólogo-chefe do sítio arqueológico, Andrew Birley, a região da muralha é uma
"cápsula do tempo"."Esse lugar tem o potencial de ser, para ser bastante franco, sensacional. Basicamente tudo que os romanos utilizaram aqui por 300 ou 400 anos pode ter sido preservado praticamente no mesmo estado em que foi descartado, o que é uma oportunidade incrível", explicou Birley.
Na mesma região, o forte de Vindolanda é outro local histórico que está em risco, segundo os especialistas. Neste sítio arqueológico já
foram feitas descobertas impressionantes, como uma luva de boxe romana de couro em que é possível ver a
marca dos nós dos dedos do pugilista.
Em Vindolanda também foi encontrada a mais antiga carta do mundo escrita à mão por uma mulher. No bilhete, Claudia Severa, a esposa do comandante de um forte próximo, convida uma amiga para uma festa de aniversário no dia 11 de setembro, cerca de 1.900 anos atrás.
A pesquisadora Gillian Taylor da Universidade de Teesside, na Inglaterra, está fazendo uma extensa análise do solo das zonas úmidas do Reino Unido.
"O risco é de que eles [materiais orgânicos ainda na região] desapareçam. Nós vamos perder nosso patrimônio se não prestarmos atenção ao que está acontecendo agora", disse Taylor.
Outra pesquisa em andamento é a de Rosie Everett, da Universidade de Northumbria, na Inglaterra. A especialista acredita que o
perigo também se estende para
períodos ainda mais antigos, da Idade do Bronze e da Era Paleolítica.Everett explica que em um sítio arqueológico considerado "seco" é possível encontrar cerca de 10% do material que seria descoberto em uma zona úmida.
"Esses tipos de artefatos [orgânicos] normalmente não sobrevivem. Esses achados podem nos dar o entendimento de como era a vida na região norte há cerca de 2.000 anos", disse a pesquisadora Gillian Taylor.