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Brasil é oposição ao plano da OMS de aumentar o orçamento da saúde global em 50%

© Foto / CC BY 2.0 / Palácio do Planalto / Clauber CaetanoPresidente brasileiro, Jair Bolsonaro (à esquerda), e ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, na LIX Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, em 17 de dezembro de 2021
Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (à esquerda), e ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, na LIX Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, em 17 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 26.01.2022
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O governo brasileiro se opôs à ideia apresentada em Genebra para aumentar em 50% o orçamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Embora o projeto seja defendido pela cúpula da principal agência de saúde do mundo e apoiado por governos europeus e africanos, o Itamaraty está cético com relação à proposta de elevar o orçamento da OMS via contribuição.
Com as contribuições obrigatórias dos governos, o aumento de 50% permitiria que a entidade contasse com US$ 1,2 bilhão (R$ 7,06 bilhões) extra para lutar contra surtos, epidemias e lidar com desafios de saúde pública.
Cada país paga com base em um cálculo que inclui o tamanho de seu PIB, condições de desenvolvimento e outros fatores.
No caso brasileiro, a contribuição para a OMS chega a US$ 15 milhões (R$ 81,5 milhões) por ano, o que coloca o país na sétima colocação entre os maiores contribuintes.
© REUTERS / Christopher Black / OMSO diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em foto de 18 de janeiro de 2021, durante coletiva de imprensa em Genebra, na Suíca
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em foto de 18 de janeiro de 2021, durante coletiva de imprensa em Genebra, na Suíca - Sputnik Brasil, 1920, 26.01.2022
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em foto de 18 de janeiro de 2021, durante coletiva de imprensa em Genebra, na Suíca. Foto de arquivo
Apesar da pressão por aumentar recursos, governos alegam que a instituição não é transparente o suficiente, e tampouco eficiente em sua gestão para justificar um aumento de dinheiro público.
Para o Itamaraty, o debate sobre o fortalecimento da OMS precisa estar baseado em "novas premissas", escreve o portal UOL.
A entidade sustenta que qualquer decisão sobre o aumento de orçamento precisa estar acompanhada de relatórios sobre ganhos de eficiência, redução de custos, governança e transparência.
O Brasil não está sozinho em sua recusa em negociar o novo aumento. Japão e outros governos tampouco consideraram a proposta como um passo sustentável, cobrando maior transparência por parte da organização.
© REUTERS / Denis BalibouseLogotipo da Organização Mundial da Saúde (OMS) fora de prédio da instituição em Genebra, Suíça, 6 de abril de 2021
Logotipo da Organização Mundial da Saúde (OMS) fora de prédio da instituição em Genebra, Suíça, 6 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 26.01.2022
Logotipo da Organização Mundial da Saúde (OMS) fora de prédio da instituição em Genebra, Suíça, 6 de abril de 2021. Foto de arquivo
No auge do primeiro ano da crise sanitária, em 2020, governos exigiram que o trabalho da OMS passasse por uma espécie de auditoria e que reformas fossem propostas.
Internamente, o temor da OMS é de que, sem esse incremento de recursos, os próximos anos serão testemunhas de uma marginalização gradual da instituição. Outro cenário é que doadores privados acabem dominando a agenda da agência.
Atualmente, a Fundação Gates é a maior doadora da entidade, com US$ 775 milhões (R$ 4,2 bilhões) no orçamento de 2022 e 2023.
O problema é que apenas US$ 200 milhões (R$ 1,08 bilhão) vão para o orçamento regular. O restante é usado com base nas orientações da Fundação Gates.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, participa de cerimônia por videoconferência em Moscou, Rússia, 5 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 05.12.2021
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