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Lago em cratera de vulcão pode ser chave para descobrir se vida já existiu em Marte (FOTOS)
Lago em cratera de vulcão pode ser chave para descobrir se vida já existiu em Marte (FOTOS)
Sputnik Brasil
Cientistas estão estudando micróbios que sobrevivem em locais inóspitos, semelhantes aos primórdios da Terra e de Marte. 28.01.2022, Sputnik Brasil
2022-01-28T08:13-0300
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Um estudo publicado nesta sexta-feira (28), na revista científica Frontiers in Astronomy and Space Science está usando a Laguna Caliente, um lago termal na cratera do vulcão Poás, na Costa Rica, como referência. Este lago é um dos locais mais extremos e hostis do nosso planeta.A água é ultra-ácida, cheia de metais tóxicos e está sempre quente, com temperaturas variando entre confortável e fervendo. O grupo de cientistas fez a primeira análise do local em 2013 e depois voltou em 2017 para comparar resultados.Entre as análises feitas em 2013 e 2017, várias erupções aconteceram no vulcão Poás. Mesmo assim, os pesquisadores encontraram os mesmos microrganismos: diferentes variantes da bactéria Acidiphilium.Após análises de DNA, os cientistas puderam confirmar que essa bactéria é capaz de tolerar uma grande variedade de condições extremas e também rápidas mudanças no ambiente. Esses microrganismos são capazes de criar energia utilizando enxofre, ferro, arsênico e também realizando fixação de carbono, tal qual as plantas durante a fotossíntese.Os pesquisadores esperam que, com as recentes descobertas, outros projetos que buscam encontrar vestígios de vida em Marte se virem para lugares extremos, como o lago vulcânico de Poás.
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Lago em cratera de vulcão pode ser chave para descobrir se vida já existiu em Marte (FOTOS)
Cientistas estão estudando micróbios que sobrevivem em locais inóspitos, semelhantes aos primórdios da Terra e de Marte.
Um estudo
publicado nesta sexta-feira (28), na revista científica Frontiers in Astronomy and Space Science está usando a Laguna Caliente, um lago termal na
cratera do vulcão Poás, na Costa Rica, como referência. Este lago é um dos locais mais extremos e hostis do nosso planeta.
A água é ultra-ácida, cheia de metais tóxicos e está sempre quente, com temperaturas variando entre confortável e fervendo. O grupo de cientistas fez a primeira análise do local em 2013 e depois voltou em 2017 para comparar resultados.
"Uma das nossas principais descobertas é que, dentro deste lago vulcânico extremo, nós detectamos apenas alguns tipos de microrganismos, porém, uma multitude de maneiras em que eles podem sobreviver [...] Nós acreditamos que eles fazem isso sobrevivendo nas bordas do lago enquanto acontecem erupções", explicou o autor principal do estudo, o cientista Justin Wang da Universidade do Colorado, nos EUA.
Entre as análises feitas em 2013 e 2017, várias erupções aconteceram no vulcão Poás. Mesmo assim, os pesquisadores encontraram os mesmos microrganismos: diferentes variantes da bactéria Acidiphilium.
Após análises de DNA, os cientistas puderam confirmar que essa bactéria é
capaz de tolerar uma grande variedade de condições extremas e também rápidas mudanças no ambiente. Esses microrganismos são capazes de criar
energia utilizando enxofre, ferro, arsênico e também realizando fixação de carbono, tal qual as plantas durante a fotossíntese.
Os pesquisadores esperam que, com as recentes descobertas, outros projetos que buscam
encontrar vestígios de vida em Marte se virem para
lugares extremos, como o lago vulcânico de Poás.
"Nossa pesquisa fornece uma estrutura de como a 'vida terrestre' poderia ter existido em ambientes termais em Marte [...] Mas se já existiu ou não vida em Marte e se ela de alguma forma era parecida com os microrganismos que temos aqui é ainda a grande questão. Esperamos que nossa pesquisa direcione a conversa para que a busca por sinais de vida nesses ambientes seja priorizada, por exemplo, existem alguns bons locais na borda da cratera Jezero [em Marte], que é onde o rover Perseverance está agora", explicou Wang.
19 de janeiro 2022, 09:04