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Suécia apresenta plano ambicioso que pode revolucionar o depósito de lixo nuclear

© Foto / distelAPPArathTorres de refrigeração de usina nuclear (imagem de referência)
Torres de refrigeração de usina nuclear (imagem de referência) - Sputnik Brasil, 1920, 28.01.2022
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A Suécia pretende ser a primeira nação desenvolvida livre dos combustíveis fósseis.
O governo sueco autorizou a construção de uma instalação subterrânea capaz de manter material radioativo seguro pelos próximos 100 mil anos, escreve o portal Deutsche Welle.
Cerca de 12 mil toneladas de resíduos nucleares serão armazenadas a 500 metros de profundidade no sul do país. A medida visa manter o combustível nuclear do país seguro.
Autoridades estimam que haja cerca de 370 mil toneladas de combustível nuclear altamente radioativo em armazenamento temporário, em todo o mundo.
"Nossa geração deve assumir a responsabilidade pelo lixo nuclear. Este é o resultado de 40 anos de pesquisa e será seguro por 100 mil anos", disse a ministra sueca do Meio Ambiente, Annika Strandhall, em entrevista coletiva.
A tecnologia desenvolvida na Suécia é também empregada no depósito de combustível nuclear usado de Onkalo, que está sendo construído em Eurajoki, na Finlândia. O local deve receber as primeiras remessas de teste em 2023 e estar operacional em 2025.
A ministra sueca garante que "esta é a solução para o armazenamento final do combustível nuclear usado".
Ele enfatiza ainda que o país poderá usar sua atual energia nuclear "como parte da transição para nos tornarmos a primeira nação desenvolvida livre de [combustíveis] fósseis do mundo".
Ela acrescentou que o projeto de armazenamento do lixo atômico garante o abastecimento elétrico a longo prazo e mantém os empregos no país. O projeto ainda necessita do aval do Tribunal Ambiental sueco.
As usinas nucleares da Suécia produziram cerca de 8 mil toneladas de resíduos altamente radioativos, incluindo combustível irradiado, desde que começaram a operar, na década de 1970.
O plano é enterrar os resíduos e o combustível que os reatores usarão até o desligamento completo, agendado para algum momento da década de 2040.
Além disso, se planeja construir uma instalação em Oskarshamm, também no sul da Suécia, onde serão fabricados os recipientes de cobre para acondicionamento dos resíduos radioativos.
Depois de cerca de 70 anos, quando os túneis estiverem cheios, eles serão enchidos com argila bentonítica para impedir a entrada de água, e a instalação será completamente selada.
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