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'Não estraguem tudo': China adverte EUA contra possibilidade de conflito militar em torno de Taiwan

© REUTERS / Ann WangPiloto taiwanês sai de caça F-16V durante exercícios militares anuais em Chiayi, Taiwan, 5 de janeiro de 2022
Piloto taiwanês sai de caça F-16V durante exercícios militares anuais em Chiayi, Taiwan, 5 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 29.01.2022
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Qin Gang, embaixador da China nos EUA, deu uma entrevista à mídia local, na qual criticou o papel de Washington no apoio à "agenda independentista" de Taiwan.
A China e os EUA podem enfrentar no futuro um conflito militar em torno de Taiwan, advertiu em uma entrevista publicada na sexta-feira (28) Qin Gang, embaixador chinês no país norte-americano.

"A questão de Taiwan é o maior barril de pólvora entre a China e os Estados Unidos. Se as autoridades taiwanesas, encorajadas pelos Estados Unidos, continuarem no caminho da independência, isso muito provavelmente levará ao envolvimento da China e dos Estados Unidos, os dois grandes países, no conflito militar", disse na quinta-feira (27) Gang à rádio NPR.

O representante chinês aponta o papel norte-americano como importante, acusando a administração taiwanesa de "procurar sua agenda independentista, pedindo o apoio e o incentivo dos Estados Unidos".
"Os Estados Unidos estão jogando a carta de Taiwan para conter a China", afirmou.
Ele comentou que as pessoas dos dois lados do estreito de Taiwan "são chineses", e sublinhou que Pequim não quer a guerra, mas também que a China não desistirá dos meios militares para alcançar a reunificação, “porque eles são um dissuasor".
A presidente de aiwan, Tsai Ing-wen, supervisiona exercício militar anual Han Kuang, em Penghu, Taiwan (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 30.12.2021
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Ao mesmo tempo, Gang referiu que as relações bilaterais sino-americanas constituem a "mais importante relação" da China, e explicou o propósito de sua missão em Washington: "Não estraguem tudo".
Taiwan é um território autogovernado, mas com laços estreitos com os EUA, incluindo militares, apesar da falta de reconhecimento oficial por parte de Washington e de quase todos os países do mundo, com a ONU passando a reconhecer nos anos 1970 a República Popular da China como a única representante legítima da China. Pequim, por sua vez, declara que apenas é uma questão de tempo até Taipé se reunificar com a China continental, e que se trata de uma questão interna do país.
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