NASA expande sistema de telescópios e agora consegue rastrear asteroides por todo o céu (FOTOS)
11:38 31.01.2022 (atualizado: 11:40 31.01.2022)
© Foto / El Sauce ObservatoryEngenheiros chilenos instalam o telescópio ATLAS no observatório El Sauce
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O complexo sistema operado pelo Instituto para Astronomia (IfA, na sigla em inglês) da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos, recebeu a ajuda de dois novos telescópios no Hemisfério Sul.
Chamado de Sistema de Último Alerta de Impacto Terrestre de Asteroide (ATLAS, na sigla em inglês) o aparelho era formado por dois telescópios no Havaí, no Hemisfério Norte, e agora o total chegou a quatro, com a adição de estruturas no Chile, no observatório El Sauce, e na África do Sul, na Estação de Observação de Sutherland.
"Um asteroide que vai se chocar com a Terra pode chegar a qualquer momento e de qualquer direção, por isso o ATLAS monitora todo o céu, todo o tempo", disse o investigador chefe do ATLAS, John Tonry, em entrevista ao Phys.org.
Com o término das obras e testes operacionais nos telescópios do Hemisfério Sul, agora o sistema ATLAS é capaz de rastrear todo o céu a cada 24 horas. A chegada dos dois novos telescópios possibilita que o sistema monitore o céu enquanto faz dia no Havaí. O ATLAS é o primeiro sistema no mundo capaz de fazer um monitoramento completo do céu em apenas um dia.
.@dsigovza Minister @DrBladeNzimande welcomed the arrival of a new asteroid tracking telescope in South Africa, part of the @NASA funded ATLAS project. @fallingstarIfA
— SAAO (@SAAO) January 31, 2022
ATLAS-Sutherland has already detected two new asteroids!https://t.co/YPakD6qk9N
Image Credit: @WPKoorts pic.twitter.com/9FvT5noK0H
O ministro Blade Nzimande saudou a chegada do novo telescópio de rastreio de asteroides na África do Sul, parte do projeto ATLAS financiado pela NASA. ATLAS-Sutherland já detectou dois novos asteroides!
A partir de agora o ATLAS é capaz de detectar asteroides com diâmetro de 20 metros, o suficiente para destruir uma cidade, com 24 horas de antecedência. Já asteroides maiores, com diâmetro superior a 100 metros, são mais fáceis de detectar e podem ser avistados até três semanas antes.
De acordo com especialistas, a colisão com a Terra de um asteroide de 100 metros causaria uma destruição cerca de dez vezes maior do que a erupção do vulcão Tonga, no oceano Pacífico.
O conjunto de telescópios, com as duas unidades do Havaí, está em funcionamento desde 2017 e faz parte dos investimentos da NASA na melhora do rastreio de objetos perto da Terra (NEO, na sigla em inglês). Até hoje o sistema já detectou mais de 700 asteroides e 60 cometas.