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Rússia oferece à Argentina mais possibilidades que EUA, diz analista

© Sputnik / Sergei Kaprukhin / Acessar o banco de imagensPresidente da Argentina, Alberto Fernández (à esquerda), e o presidente russo Vladimir Putin (à direita)
Presidente da Argentina, Alberto Fernández (à esquerda), e o presidente russo Vladimir Putin (à direita) - Sputnik Brasil, 1920, 04.02.2022
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A Rússia, e também a China, são os países que atualmente oferecem mais oportunidades à Argentina em diversas áreas, já que os EUA ficaram para trás, afirmou à Sputnik o analista Osvaldo Gosman, que na década de 1970 trabalhou na Comissão Nacional de Energia Atômica da Argentina.
"A Rússia e a China são os únicos países que apoiam o desenvolvimento. A Argentina está estreitando os vínculos com a Rússia como nunca [...]", afirmou.
O analista também ressaltou que, quando as vacinas contra COVID-19 eram escassas, a Argentina foi um dos primeiros países a aprovar o uso da Sputnik V. Além disso, o país foi o primeiro da América Latina a iniciar a vacinação com a vacina russa, em dezembro de 2020, produzindo o imunizante meses depois em cooperação com a Rússia.
Segundo Gosman, os EUA ficaram para trás nos setores tecnológicos como a telefonia 5G e 6G, a tecnologia ferroviária e a luta contra a COVID-19 causada pelo coronavírus, porém, compete com a Argentina com seus produtos agropecuários.
"Há possibilidades interessantes na área científica, militar, indústria atômica e espacial, onde não existe a restrição das partes de origem dos EUA, pois a Rússia também é um país que pode fornecer o financiamento dos projetos", explicou o analista.
Gosman ainda ressaltou que a tensão entre o Ocidente e a Rússia com relação à Ucrânia não afetará as relações entre Moscou e Buenos Aires.
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Contudo, a presença russa na região poderia comprometer a influência dos EUA, recordou.
"O papel da Rússia na região, vejo-o como um contrapeso à influência norte-americana, especialmente no plano militar, mas não só, impedindo que os EUA possam desenvolver invasões e bloqueios, como os realizados anteriormente na América Latina", destacou.
Com isso, Moscou poderia aspirar uma maior presença na região, "já que a influência norte-americana está diminuindo, como mostram as últimas eleições em diversos países, nos quais se impuseram as forças que lutam por uma política mais independente, se souber se adaptar a esse desenvolvimento".
Na quinta-feira (3), o presidente argentino visitou Moscou para conversar com Putin e, após o encontro, afirmou que seu país poderia ser uma porta de entrada para a Rússia na América Latina.
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