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NASA mostra 'show de luzes' com estrelas e nebulosas no Universo (FOTOS)
NASA mostra 'show de luzes' com estrelas e nebulosas no Universo (FOTOS)
Sputnik Brasil
Os especialistas da NASA combinaram imagens de diversos objetos cósmicos captadas em diferentes bandas do espectro eletromagnético, obtendo um "show de luzes". 06.02.2022, Sputnik Brasil
2022-02-06T23:20-0300
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2022-02-07T09:10-0300
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O olho humano cobre uma banda limitada de comprimentos de onda e os telescópios podem apenas registrar emissões em uma determinada região do espectro eletromagnético.No entanto, as modernas tecnologias de processamento de imagens permitem combiná-las para apreciar a complexidade e beleza do Universo.Os especialistas da NASA combinaram imagens de vários objetos espaciais captados na luz visível, infravermelhos ou raios X obtendo um "show de luzes".Como os diferentes comprimentos de ondas de luz têm diferentes energias, eles permitem que os astrônomos compreendam melhor a dinâmica energética dessas formações cósmicas.O objeto cósmico da constelação de Aquário, designado com a letra "R" (R Aquarii), consta de duas estrelas localizadas a 650 anos-luz da Terra, sendo uma delas a estrela gigante vermelha conhecida como a estrela variável Mira e a outra uma anã branca sem nome próprio.Não se percebem como dois pontos de luz, já que ambas as estrelas se encontram estreitamente interrelacionadas. Se as imagens captadas pelo Telescópio Chandra forem combinadas com as observações em infravermelho próximo e em luz visível do telescópio espacial Hubble (vermelho e azul), é possível observar o vínculo que as une.De acordo com a NASA, o conjunto forma uma violenta "dança da morte". Uma das estrelas chega ao final de sua "vida útil", após perder pelo menos metade de sua massa, porém, quando brilha alcança uma luminosidade 1.000 vezes maior que a do Sol.Neste sentido, a anã pode ser considerada uma estrela "morta", pois seu combustível nuclear é esgotado, embora à medida que expulsa matéria a estrela vermelha a absorve, acumulando-se em sua superfície.Isso se traduz ocasionalmente em enormes explosões termonucleares que lançam esta matéria ao espaço exterior.Essa interação explica o motivo de não vermos dois simples pontos brilhantes, mas muita poeira e gás em uma nebulosa em torno do sistema binário, agitada por suas interações gravitacionais e ondas de choque explosivas.Um dos objetos mais estudados da Via Láctea é a Cassiopeia A, localizada a 11 mil anos-luz, considerada uma remanescente de supernova.A imagem combinada da NASA inclui uma em raios X e outra em diferentes bandas do espectro eletromagnético (roxo escuro, azul e branco a cargo do observatório Karl Jansky Very Large Array), que são adicionados aos dados ópticos do telescópio Hubble (laranja).Outra imagem mostra dois efeitos diferentes gerados pela PSR B2224+65, uma estrela de nêutrons (pulsar) localizada a aproximadamente seis mil anos-luz, na constelação de Cepheus.À medida que gira, seu núcleo colapsado emite raios X (faixa rosa), porém, como também se desloca pelo espaço a uma grande velocidade, a aproximadamente 1.600 quilômetros por segundo, cria uma estrela visível em comprimentos de ondas ópticas (azul na imagem), conhecida como Nebulosa da Guitarra.O aglomerado de galáxias Abell 2597, que se encontra a aproximadamente um bilhão de anos-luz, pode conter milhares de galáxias, que se unem e interagem por meio da gravidade.O estudo de múltiplos comprimentos de onda ajudou os cientistas a entender seu vínculo ao comportamento do buraco negro supermassivo em sua galáxia central.Há vários anos, os astrônomos notaram que este gigante expulsava gás molecular à medida que acumulava matéria gravitacionalmente. Este gás molecular logo cai no buraco negro e alimenta o ciclo novamente em uma "espiral".A saída quente e a entrada fria foram observadas utilizando dois instrumentos diferentes, porém, os dados do Chandra revelaram depois que são parte de um mesmo processo.Os raios X (azul) do telescópio orbital da NASA se combinam na imagem com os ópticos fornecidos pelo Digitized Sky Survey (laranja) e o Observatório Las Campanas (Chile, vermelho).As duas galáxias em processo de fusão na constelação de Canes Venatici, a aproximadamente 50 milhões de anos-luz da Terra, são notadas atualmente como um objeto celeste denominado NGC 4490.A comparação das imagens obtidas em diferentes comprimentos de onda revelou um segredo de seu núcleo, que abriga dois buracos negros supermassivos centrais, um dos quais só é visível em dados ópticos, enquanto o outro é apreciado em ondas de rádio e infravermelho. Ambos foram captados separadamente, porém os astrônomos precisaram de anos para juntá-los.Este duplo núcleo é o efeito da própria fusão, já que cada galáxia tinha seu próprio buraco negro. Os pesquisadores acreditam que ambos os buracos se fundiram em um determinado momento, dando lugar a um ainda maior.Os dados ópticos do Hubble (vermelho, verde e azul) criam quase a mesma impressão que a imagem combinada, porém esta última, que inclui o sinal em raios X (roxo), nos brindou com uma visão completa da fase atual da fusão.
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NASA mostra 'show de luzes' com estrelas e nebulosas no Universo (FOTOS)
23:20 06.02.2022 (atualizado: 09:10 07.02.2022) Os especialistas da NASA combinaram imagens de diversos objetos cósmicos captadas em diferentes bandas do espectro eletromagnético, obtendo um "show de luzes".
O olho humano cobre uma
banda limitada de comprimentos de onda e os telescópios podem apenas registrar emissões em uma determinada região do espectro eletromagnético.
No entanto, as modernas tecnologias de processamento de imagens permitem combiná-las para apreciar a complexidade e beleza do Universo.
Os especialistas da NASA
combinaram imagens de vários objetos espaciais captados na luz visível, infravermelhos ou raios X obtendo um "show de luzes".
Como os diferentes comprimentos de ondas de luz têm diferentes energias, eles permitem que os astrônomos compreendam melhor a dinâmica energética dessas formações cósmicas.
O objeto cósmico da constelação de Aquário, designado com a letra "R" (R Aquarii), consta de duas estrelas localizadas a 650 anos-luz da Terra, sendo uma delas a estrela gigante vermelha conhecida como a estrela variável Mira e a outra uma anã branca sem nome próprio.
Não se percebem como dois pontos de luz, já que ambas as estrelas se encontram estreitamente interrelacionadas. Se as imagens captadas pelo Telescópio Chandra forem combinadas com as observações em infravermelho próximo e em luz visível do telescópio espacial Hubble (vermelho e azul), é possível observar o vínculo que as une.
De acordo com a NASA, o conjunto forma uma violenta "dança da morte". Uma das estrelas chega ao final de sua "vida útil", após perder pelo menos metade de sua massa, porém, quando brilha alcança uma luminosidade
1.000 vezes maior que a do Sol.
Neste sentido, a anã pode ser considerada uma estrela "morta", pois seu combustível nuclear é esgotado, embora à medida que expulsa matéria a estrela vermelha a absorve, acumulando-se em sua superfície.
Isso se traduz ocasionalmente em enormes explosões termonucleares que lançam esta matéria ao espaço exterior.
Essa interação explica o motivo de não vermos dois simples pontos brilhantes, mas muita poeira e gás em uma nebulosa em torno do sistema binário, agitada por suas interações gravitacionais e ondas de choque explosivas.
Um dos objetos mais estudados da Via Láctea é a Cassiopeia A, localizada a 11 mil anos-luz, considerada uma remanescente de supernova.
A imagem combinada da NASA inclui uma em raios X e outra em diferentes bandas do espectro eletromagnético (roxo escuro, azul e branco a cargo do observatório Karl Jansky Very Large Array), que são adicionados aos dados ópticos do telescópio Hubble (laranja).
Outra imagem mostra dois efeitos diferentes gerados
pela PSR B2224+65, uma estrela de nêutrons (pulsar) localizada a aproximadamente seis mil anos-luz, na constelação de Cepheus.
À medida que gira, seu núcleo colapsado emite raios X (faixa rosa), porém, como também se desloca pelo espaço a uma grande velocidade, a aproximadamente 1.600 quilômetros por segundo, cria uma estrela visível em comprimentos de ondas ópticas (azul na imagem), conhecida como Nebulosa da Guitarra.
O aglomerado de galáxias Abell 2597, que se encontra a aproximadamente um bilhão de anos-luz, pode conter milhares de galáxias, que se unem e interagem por meio da gravidade.
O estudo de múltiplos comprimentos de onda ajudou os cientistas a entender seu vínculo ao comportamento do buraco negro supermassivo em sua galáxia central.
Há vários anos, os astrônomos notaram que este gigante expulsava gás molecular à medida que acumulava matéria gravitacionalmente. Este gás molecular logo cai no buraco negro e alimenta o ciclo novamente em uma "espiral".
A saída quente e a entrada fria foram observadas
utilizando dois instrumentos diferentes, porém, os dados do Chandra revelaram depois que são parte de um mesmo processo.
Os raios X (azul) do telescópio orbital da NASA se combinam na imagem com os ópticos fornecidos pelo Digitized Sky Survey (laranja) e o Observatório Las Campanas (Chile, vermelho).
As duas galáxias em processo de fusão na constelação de Canes Venatici, a aproximadamente 50 milhões de anos-luz da Terra, são notadas atualmente como um objeto celeste denominado NGC 4490.
A comparação das imagens obtidas em diferentes comprimentos de onda revelou um segredo de seu núcleo, que abriga dois buracos negros supermassivos centrais, um dos quais só é visível em dados ópticos, enquanto o outro é apreciado em ondas de rádio e infravermelho. Ambos foram captados separadamente, porém os astrônomos precisaram de anos para juntá-los.
Este duplo núcleo é o efeito da própria fusão, já que cada galáxia tinha seu próprio buraco negro. Os pesquisadores acreditam que ambos os buracos se fundiram em um determinado momento, dando lugar a um ainda maior.
Os dados ópticos do Hubble (vermelho, verde e azul) criam quase a mesma impressão que a imagem combinada, porém esta última, que inclui o sinal em raios X (roxo), nos brindou com uma visão completa da fase atual da fusão.