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É possível progredir na questão da autonomia de Donbass, apesar das dificuldades, diz Blinken

© REUTERS / Andrew HarnikAntony Blinken, secretário de Estado americano, fala em entrevista coletiva com Josep Borrell, chefe da política externa da União Europeia, no Departamento de Estado em Washington, EUA, 7 de fevereiro de 2022
Antony Blinken, secretário de Estado americano, fala em entrevista coletiva com Josep Borrell, chefe da política externa da União Europeia, no Departamento de Estado em Washington, EUA, 7 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2022
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O secretário de Estado dos EUA afirmou que a Ucrânia está pronta para cumprir os acordos de Minsk, ao contrário da Rússia. Durante a coletiva conjunta com o chefe da política externa da UE também foi abordada a questão do gás.
A Ucrânia está pronta para avançar na discussão sobre o status especial da região de Donbass se for encontrada uma sequência adequada de implementação dos acordos de Minsk, disse na segunda-feira (7) Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.
"Nos acordos se fala de um status especial de Donbass, e creio que os ucranianos estarão prontos para avançar de forma adequada", afirmou o secretário de Estado norte-americano em uma entrevista coletiva com Josep Borrell, chefe da política externa da União Europeia (UE).
Segundo Blinken, os EUA e a Ucrânia consideram os acordos de Minsk o caminho para resolver o conflito no leste do país europeu. Kiev cumpre os acordos de paz, "o que não pode ser dito sobre a Rússia".
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O secretário de Estado dos EUA também indicou a vontade da administração Biden de ajudar militarmente a Ucrânia.
"Continuamos trabalhando estreitamente com o Congresso, e com aliados e parceiros para aumentar significativamente a assistência à Ucrânia a fim de a ajudar a preparar sua autodefesa".
Já Borrell considerou a atual situação de segurança na Europa "a mais difícil desde a Guerra Fria", apesar de acreditar na diplomacia.
"Compartilhamos uma profunda preocupação sobre o aumento dos riscos na fronteira russo-ucraniana. No meu entender, estamos passando pelos tempos mais perigosos desde o fim da Guerra Fria, mas, ao mesmo tempo, consideramos que há uma chance para a diplomacia". O chefe da política externa da UE crê que "é necessário continuar o diálogo com a Rússia, ter em conta as preocupações dos dois lados, para evitar o pior".

Gás e política

Josep Borrell afirmou que as atuais tensões com a Rússia têm ramificações além da política.
"Na atual situação, consideramos primordial a diversificação das fontes de fornecimento de gás à Europa, para reduzir a dependência da UE nas condições da atual relação com a Rússia", comentou, apesar da entrega ininterrupta do gás à Europa desde os tempos soviéticos.
Para resolver a questão, Antony Blinken explicou que os EUA e a UE estão trabalhando em conjunto para proteger o fornecimento à Europa "de choques, incluindo os que podem virar resultado da continuação da agressão russa contra a Ucrânia".
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As relações russo-ucranianas se deterioraram a partir de 2014, quando um golpe de Estado pró-ocidental em Kiev removeu do poder o democraticamente eleito presidente Viktor Yanukovich. No mesmo ano, a Crimeia se reunificou com a Rússia, e começou um conflito em Donbass. O novo governo ucraniano acusou a Rússia de intromissão em seus assuntos internos e de agressão, sendo que ainda em 2014 foram assinados os acordos de Minsk, destinados a parar o conflito.
Moscou afirma que não participa do conflito intra-ucraniano, e por isso não faz parte dos acordos de Minsk. O governo russo mencionou que Kiev não cumpre os acordos e está prorrogando as negociações sobre o conflito. Moscou também expressa preocupação com o treinamento de militares ucranianos e o fornecimento de armas por países ocidentais desde 2014, o que contraria os acordos de paz.
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