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Vento de grande altitude em Saturno cria aurora inédita e revela mistérios do planeta (FOTO, VÍDEO)

© Foto / NASA/JPL/ASI/University of Arizona/University of LeicesterImagem em infravermelho de Saturno capturada pela espaçonave Cassini mostra a aurora no polo sul do planeta
Imagem em infravermelho de Saturno capturada pela espaçonave Cassini mostra a aurora no polo sul do planeta - Sputnik Brasil, 1920, 08.02.2022
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Cientistas do Departamento de Pesquisas Espaciais da Universidade de Leicester, no Reino Unido, descobriram um novo mecanismo que alimenta a aurora planetária e explica as rotações irregulares de Saturno.
Além dos impressionantes anéis, Saturno é um planeta intrigante por outros motivos. No estudo, publicado na revista acadêmica Geophysical Research Letters, os astrônomos descobriram que as auroras de Saturno são causadas por fortes ventos em sua própria atmosfera e não só pela influência de sua magnetosfera.
Na Terra, por exemplo, as auroras do Hemisfério Norte são formadas pela interação com partículas energizadas vindas do Sol.
A descoberta sobre a origem das auroras de Saturno ajudou os cientistas a finalmente entender por que as medições da duração de um dia no planeta, rastreando "pulsos" de emissão de rádio em sua atmosfera, apresentaram resultados diferentes em 1981, com a passagem da espaçonave Voyager 2, e em 2004, com a chegada da missão Cassini-Huygens.

"Nosso entendimento da física dos interiores de planetas nos diz que a verdadeira taxa de rotação do planeta não pode mudar tão rapidamente, então algo único e estranho tem que estar acontecendo em Saturno [...] Este estudo representa a primeira detecção do seu impulso fundamental, situado na atmosfera superior do planeta, que continua gerando tanto as periodicidades planetárias observadas quanto as auroras", explicou um dos autores do projeto, Nahid Chowdhury, da Universidade de Leicester.

Com as novas informações, os cientistas puderam confirmar que a maneira como os astrônomos da missão Cassini determinaram a duração do dia em Saturno, utilizando medições das perturbações gravitacionais em seus anéis, é até agora o mais preciso, calculando a taxa de rotação média em dez horas, 33 minutos e 38 segundos.

"Ao determinar conclusivamente a origem da misteriosa variabilidade nos pulsos de rádio, nosso estudo elimina grande parte da confusão sobre a taxa de rotação de Saturno e a duração do dia em Saturno", comemorou cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA Kevin Baines, um dos coautores do estudo.

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