Novo acordo pode levar tropas norte-americanas para Dinamarca
© AFP 2023 / Hoang Dinh Nam Soldados dos EUA no Afeganistão (foto de arquivo)
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Segundo a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen, a conversa foi iniciada pelos EUA em meio ao aumento da cooperação norte-americana com a Noruega e Países Bálticos.
O início das negociações aponta que o acordo pode levar não só tropas dos EUA para o território dinamarquês, como também equipamentos militares.
"Esse acordo direto entre Estados Unidos e Dinamarca vai iniciar uma nova cooperação e atividades em áreas militares selecionadas na Dinamarca [...]. Existe a possibilidade de incluir a presença de soldados norte-americanos em solo dinamarquês", disse a primeira-ministra, segundo informações da Reuters.
Frederiksen disse ainda que as discussões sobre o acordo não têm relação com a atual situação na Ucrânia. O ministro da Defesa da Dinamarca, Morten Bodskov, informou que as negociações reforçam o compromisso dos EUA com a Europa e tem o intuito de "defender valores em comum".
MoD Bødskov: “Denmark and the US opens negotiations on a defence cooperation agreement. A new chapter in our strong transatlantic relations. Denmark will contribute to a strengthening of US engagement in Europe. This is about defending our shared values” #WeAreNATO pic.twitter.com/L6qTPlFD98
— Forsvarsministeriet/Danish MoD (@Forsvarsmin) February 10, 2022
A Dinamarca e os EUA iniciaram negociações sobre um acordo de cooperação em defesa. Um novo capítulo das nossas fortes relações transatlânticas. A Dinamarca vai contribuir para o fortalecimento do envolvimento dos EUA na Europa. Trata-se de defender nossos valores em comum.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, informou nesta quinta-feira (10), que a intenção dos Estados Unidos com o início das negociações é fortalecer a segurança transatlântica e expandir suas interações com a OTAN.
O anúncio das discussões sobre o acordo entre EUA e Dinamarca acontece em meio às polêmicas envolvendo a escalada de tensões na Ucrânia. Estados Unidos, Reino Unido e OTAN seguem fortalecendo a estrutura militar de Kiev e mencionando uma possível "agressão russa".
Moscou vem continuamente negando as acusações de que planeja atacar a Ucrânia. O Kremlin acredita que o aumento da presença da OTAN nas fronteiras próximas à Rússia apresenta uma ameaça e que o país não precisa justificar a movimentação de tropas dentro de seu território soberano.