https://noticiabrasil.net.br/20220211/especialistas-taxa-do-pix-para-empresas-nao-chegara-as-pessoas-fisicas-e-seguranca-e-preocupacao-21366285.html
Especialistas: taxa do Pix para empresas não chegará às pessoas físicas e segurança é preocupação
Especialistas: taxa do Pix para empresas não chegará às pessoas físicas e segurança é preocupação
Sputnik Brasil
Algumas instituições financeiras criaram taxas para transações empresariais utilizando o Pix. As novas tarifas levantam dúvidas sobre o futuro da popular... 11.02.2022, Sputnik Brasil
2022-02-11T19:59-0300
2022-02-11T19:59-0300
2022-02-12T07:48-0300
notícias do brasil
brasil
banco central
pix
espm
economia
ciência e tecnologia
ataque hacker
exclusiva
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/02/0b/21366240_0:0:3000:1688_1920x0_80_0_0_9bc4be67752cf6f5ee44f1715aa1568d.jpg
Diversos bancos adotaram taxas que chegam a até R$ 140,00 por transação via Pix para pessoas jurídicas e surgiram temores de que a cobrança se estenda às pessoas físicas. Para o economista Fábio Pesavento, professor da ESPM de Porto Alegre, a cobrança para empresas não é surpresa e já era prevista pelo Banco Central. Já a cobrança de pessoas físicas não deve acontecer.Pesavento salienta que apesar da concentração em poucas instituições financeiras no Brasil, a adoção das taxas pode beneficiar os chamados bancos digitais, que já anunciaram que não devem adotar cobranças sobre pessoas jurídicas.Já uma eventual cobrança de taxas de pessoas físicas não deve ocorrer, segundo o professor, pois isso iria na contramão do que levou a ferramenta ao sucesso. Pesavento ressalta que um dos objetivos do Pix é justamente facilitar as transações financeiras entre a população mais pobre.Criado em novembro de 2020, o Pix se popularizou rapidamente no Brasil e acumula cerca de 120 milhões de usuários e quase 400 milhões de chaves cadastradas. Em seu dia de maior movimentação, em 4 de fevereiro deste ano, foram mais de 54 milhões de transações. Os dados são do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central (BC).O economista Fábio Pesavento, professor da ESPM de Porto Alegre, ressalta que características do Pix como a gratuidade e o funcionamento permanente são responsáveis pelo sucesso da modalidade. O especialista ressalta também desvantagens do Pix, como a impossibilidade de parcelamentos e a vulnerabilidade de dados.Taxas reforçam responsabilidade de instituições na prevenção de golpesApesar da facilidade trazida pelo Pix, a ferramenta também carrega consigo uma fragilidade de transações realizadas por meios eletrônicos: a possibilidade de golpes. É o que explica Jorge Krening, diretor regional do escritório de contabilidade Russell Bedford Brasil.Na semana passada, o Banco Central divulgou que houve mais um vazamento de informações do banco de dados do Pix, o que a instituição acredita que continuará acontecendo. Anteriormente, o Banco Central também instituiu limites noturnos em transações com a ferramenta para diminuir riscos de golpes e tem aumentado a cobrança sobre as instituições financeiras para que ampliem as medidas de segurança.Diante dessa situação, Krening acredita que as instituições financeiras também devem agir revertendo as taxas cobradas de pessoas jurídicas em investimentos para combater fraudes. Para ele, a cobrança de taxas aumenta a responsabilidade das instituições para com a garantia da segurança dos usuários do Pix.Usuários da ferramenta precisam estar atentos às ameaçasO especialista aponta ainda que a tendência é que o Pix continue sendo alvo de fraudes e golpes no médio e longo prazo e que empresas e usuários comuns devem estar preparados para aprender a identificar ameaças. Entre elas, Krening cita o uso de WhatsApp clonados, centrais de atendimento falsas e tentativas de captura de informações sensíveis – o phishing.Krening, porém, ressalta que o Pix "revolucionou" as transações financeiras, facilita as trocas e deve continuar uma ferramenta importante no cotidiano do brasileiro.
brasil
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2022
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/02/0b/21366240_329:0:3000:2003_1920x0_80_0_0_3ae00132d88db36d1c604b693e68260f.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
brasil, banco central, pix, espm, economia, ciência e tecnologia, ataque hacker, exclusiva
brasil, banco central, pix, espm, economia, ciência e tecnologia, ataque hacker, exclusiva
Especialistas: taxa do Pix para empresas não chegará às pessoas físicas e segurança é preocupação
19:59 11.02.2022 (atualizado: 07:48 12.02.2022) Especiais
Algumas instituições financeiras criaram taxas para transações empresariais utilizando o Pix. As novas tarifas levantam dúvidas sobre o futuro da popular ferramenta, que convive também com ameaças de golpes e fraudes. A Sputnik Brasil ouviu especialistas que apontaram caminhos para a ferramenta considerada "revolucionária".
Diversos bancos adotaram taxas que chegam a até R$ 140,00 por transação via Pix para pessoas jurídicas e surgiram temores de que a cobrança se estenda às pessoas físicas. Para o economista Fábio Pesavento, professor da ESPM de Porto Alegre, a cobrança para empresas não é surpresa e já era prevista pelo Banco Central. Já a cobrança de pessoas físicas não deve acontecer.
"Desde o início, o Banco Central falou que pessoas jurídicas pagariam pelo Pix em algum momento – autorizar as instituições financeiras que realizam o serviço a cobrar de seus clientes. Então, isso já estava na regra do jogo e não pegou ninguém de surpresa", explica o economista em entrevista à Sputnik Brasil.
Pesavento salienta que
apesar da concentração em poucas instituições financeiras no Brasil, a adoção das taxas pode beneficiar os chamados bancos digitais, que já anunciaram que não devem adotar cobranças sobre pessoas jurídicas.
Já uma eventual cobrança de taxas de pessoas físicas não deve ocorrer, segundo o professor, pois isso iria na contramão do que levou a ferramenta ao sucesso. Pesavento ressalta que um dos objetivos do Pix é justamente facilitar as transações financeiras entre a população mais pobre.
"É difícil a possibilidade de cobrança ou o Banco Central autorizar isso, acho difícil acontecer isso para pessoas físicas – a cobrança para pessoas jurídicas já estava na regra do jogo", aponta.
Criado em novembro de 2020, o Pix se
popularizou rapidamente no Brasil e acumula cerca de 120 milhões de usuários e quase 400 milhões de chaves cadastradas. Em seu dia de maior movimentação, em 4 de fevereiro deste ano, foram mais de 54 milhões de transações. Os
dados são do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central (BC).
O economista Fábio Pesavento, professor da ESPM de Porto Alegre, ressalta que características do Pix como a
gratuidade e o funcionamento permanente são responsáveis pelo
sucesso da modalidade. O especialista
ressalta também desvantagens do Pix, como a impossibilidade de parcelamentos e a vulnerabilidade de dados.
"Como toda ferramenta, como toda inovação financeira, ela tem vantagens e desvantagens. Mas acredito, pelo sucesso que o Pix vem apresentando, que as vantagens se sobrepõem às desvantagens", afirma Pesavento, que vê nesse tipo de ferramenta o futuro das transações financeiras no Brasil.
Taxas reforçam responsabilidade de instituições na prevenção de golpes
Apesar da facilidade trazida pelo Pix, a ferramenta também carrega consigo uma fragilidade de transações realizadas por meios eletrônicos: a possibilidade de golpes. É o que explica Jorge Krening, diretor regional do escritório de contabilidade Russell Bedford Brasil.
"Tudo que é novo e que traz a tecnologia como carro-chefe, acaba trazendo consigo muita insegurança e muitas novidades. Em questão de segundos é possível realizar transferências e pagamentos sem cobrança de taxas. Então, da mesma forma que trouxe facilidades, o Pix se tornou alvo normal. À medida que a tecnologia avança, a forma dos golpistas e fraudadores praticarem seus atos aumenta consideravelmente", explica Krening em entrevista à Sputnik Brasil.
Na semana passada, o Banco Central
divulgou que houve mais um vazamento de informações do banco de dados do Pix, o que a instituição acredita que
continuará acontecendo.
Anteriormente, o Banco Central também instituiu limites noturnos em transações com a ferramenta para diminuir riscos de golpes e tem aumentado a cobrança sobre as instituições financeiras para que ampliem as medidas de segurança.
Diante dessa situação, Krening acredita que as instituições financeiras também devem agir revertendo as taxas cobradas de pessoas jurídicas em investimentos para combater fraudes. Para ele, a cobrança de taxas aumenta a responsabilidade das instituições para com a garantia da segurança dos usuários do Pix.
"As instituições devem com esses recursos, independente da cobrança do Pix, investir obrigatoriamente em ações preventivas e mecanismos para antecipar fraudadores, além da educação dos usuários [...]. No momento em que a instituição bancária cobra, isso reforça a obrigatoriedade dela investir em mecanismos preventivos de detecção", afirma Krening em entrevista à Sputnik Brasil.
Usuários da ferramenta precisam estar atentos às ameaças
O especialista aponta ainda que a tendência é que o Pix continue sendo alvo de fraudes e golpes no médio e longo prazo e que empresas e usuários comuns devem estar preparados para aprender a identificar ameaças. Entre elas, Krening cita o uso de WhatsApp clonados, centrais de atendimento falsas e tentativas de captura de informações sensíveis – o phishing.
"Minha sugestão é sempre definir limites de operações diárias de Pix e determinar um valor compatível com a sua movimentação. É importante não deixar um valor muito alto, que você não utiliza geralmente. Então, definir o que você precisa, o que a sua empresa precisa", aconselha.
Krening, porém, ressalta que o Pix "revolucionou" as transações financeiras, facilita as trocas e deve continuar uma ferramenta importante no cotidiano do brasileiro.
"Como usuários, temos que estar cada vez mais preparados para situações negativas, mas o produto veio para ficar, é revolucionário e basta nos adaptarmos e estarmos ligados no sentido de sempre nos precavermos", conclui.